"Tivemos no ano passado o menor défice da nossa democracia, e este ano vamos ter um défice que hoje já podemos dizer, sem criar arrepios ao senhor ministro das Finanças, que será inferior a 1,3%", declarou o primeiro-ministro.

António Costa falava na Sala dos Embaixadores do Palácio de Belém, em Lisboa, durante uma sessão de apresentação de cumprimentos de boas festas pelo Governo ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, também esteve nesta sessão de cumprimentos, juntamente com a maioria dos ministros do XXI Governo Constitucional e três secretários de Estado.

Há dois dias, o primeiro-ministro tinha-se manifestado convicto de que o défice deste ano iria "ficar abaixo de 1,4%", referindo que a meta inicialmente traçada pelo Governo era 1,5% do PIB e depois foi revista para 1,4%.

Há dois dias, o primeiro-ministro tinha-se manifestado convicto de que o défice deste ano iria "ficar abaixo de 1,4%", referindo que a meta inicialmente traçada pelo Governo era de 1,5% do PIB e depois foi revista para 1,4%.

Nesta cerimónia de cumprimentos de boas festas, António Costa fez um discurso de cerca de seis minutos, em que descreveu 2017 como um ano em que Portugal viveu a "maior tragédia humana provocada por catástrofes naturais", mas também teve "importantes sucessos".

Segundo António Costa, os incêndios provocaram "um choque coletivo" ao qual o país mostrou capacidade para reagir, com entreajuda e mobilização de todos, numa "grande lição coletiva".

O primeiro-ministro comparou essa resposta à recuperação económica e financeira, defendendo que nesse plano Portugal conseguiu "virar a página" e está a "construir um futuro de esperança e confiança".

"Vamos ter este ano o ano de maior crescimento económico desde o princípio do século", mencionou, destacando também a redução da dívida, a criação de emprego, a alteração da "trajetória de emigração".

"A confiança no país está a aumentar", defendeu António Costa, comprometendo-se a "continuar a responder à emergência, acabar de construir o que está a ser construído" e "prevenir que em 2018 não se volte a repetir o que de inaceitável aconteceu em 2017".

O primeiro-ministro prometeu, ao mesmo tempo, "trabalhar para o legado de médio-longo prazo" em matéria de ordenamento da floresta e revitalização do interior, tendo como objetivo um "crescimento económico duradouro, sustentado".

"Tem perante si um Governo que está confiante, ciente das suas responsabilidades, do longo caminho que ainda tem pela frente, mas também com uma enorme vontade de continuar a prosseguir este caminho com pé firme, de forma a que a caminhada se faça com segurança e, como temos conseguido até agora, superando sempre as metas mais otimistas", afirmou.

O primeiro-ministro terminou o seu discurso desejando "muito bom Natal e um feliz ano de 2018" ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.