“Para lá do bom entendimento, concluiu-se nesta primeira reunião que é imprescindível que o Porto inicie um processo de modernização do modelo de governo da cidade, ajustando-o a novas dimensões e delimitações geográficas”, adiantou em comunicado Renato Sampaio, também deputado do PS eleito pelo distrito do Porto.

De acordo com o responsável, da reunião de segunda-feira “resultou uma grande convergência de pontos de vista, embora existam algumas matérias a trabalhar para atingir um consenso mais abrangente, nomeadamente no que concerne aos limites das freguesias a manter e das novas freguesias a criar”.

“A concelhia do PS/Porto iniciou conversações com a Câmara do Porto, através do presidente, Rui Moreira, para o desenvolvimento uma nova reforma administrativa para a cidade, apresentando como base o seu anteprojeto de lei”, descreveu.

Segundo Renato Sampaio, “depois de um mandato autárquico e da inevitável avaliação do atual modelo, conclui-se que o mesmo não serve ao Porto e aos portuenses”.

“O modelo implementado pelo anterior Governo, em 2013, redundou numa oportunidade perdida, uma vez que não reforçou o poder local e a sua autonomia, não aprofundou a descentralização e não acautelou a identidade das comunidades”, sublinhou o responsável concelhio.

Sampaio acrescenta que, entre os temas a necessitar de maior consenso, se encontram também as “competências a transferir para as juntas de freguesias da cidade”.

“O diálogo entre as partes vai manter-se e aprofundar-se, abrindo-se à participação das instituições e dos portuenses, por forma a que a solução final seja uma resposta efetiva às exigências da cidade do Porto”, explica o presidente da concelhia socialista.