O exército israelita disse que atingiu dezenas de alvos do Hezbollah durante a noite, um dia após os ataques aéreos contra o grupo armado, que, segundo as autoridades do Líbano, mataram quase 500 pessoas e obrigaram à fuga de milhares.

Em contrapartida, o Hezbollah alvejou vários alvos militares israelitas durante a noite, incluindo uma fábrica de explosivos no interior de Israel, atacada com foguetes Fadi por volta das 04h00 locais (01h00 em Portugal), e o campo de aviação de Megido, perto da cidade israelita de Afula, avança a Reuters.

O Hezbollah confirmou ainda que bombardeou os armazéns logísticos da 146ª Divisão na base de Naftali, com foguetes.

Segundo os militares israelitas, cerca de 55 projéteis cruzaram a fronteira com Israel nos últimos ataques, mas a maioria foi intercetada. Outros projéteis caídos foram identificados na área da Alta Galileia e noutras áreas abertas.

Após quase um ano de guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, Israel está a mudar o seu foco para a fronteira norte, onde o Hezbollah tem disparado foguetes contra Israel em apoio ao Hamas, que também é apoiado pelo Irão.

Com a região cada vez mais em alvoroço, mais de 30 voos internacionais, de e para Beirute, foram cancelados esta terça-feira, de acordo com o site do Aeroporto Internacional Rafic Hariri.

As companhias aéreas afetadas são a Qatar Airways, a Turkish Airways e várias companhias aéreas dos Emirados Árabes Unidos.

Apesar do sucedido, o gabinete do primeiro-ministro interino libanês, Najib Mikati, garantiu que o mesmo irá viajar para Nova Iorque para participar na Assembleia-Geral da ONU e fazer "novos contactos" após o aumento dos ataques israelitas ao Líbano.

Os combates crescentes aumentam, a cada dia, o receio de que os Estados Unidos da América, aliados próximos de Israel, e o Irão, que tem representantes no Médio Oriente (Hezbollah, Houthis do Iémen e grupos armados no Iraque), sejam arrastados para a guerra.