"Em 28 de julho decide-se o futuro da Venezuela para os próximos 50 anos. Se vem uma Venezuela de paz ou uma Venezuela em convusão, violenta e cheia de conflitos. Paz ou guerra", afirmou Maduro num comício na cidade de Maturín, onde antes a líder opositora María Corina Machado tinha sido recebida por uma multidão.

Maduro, de 61 anos e na Presidência desde 2013, disse aos seus apoiantes que na eleição será definido "se vem uma Venezuela para construir uma nova sociedade de iguais, sem castas de sobrenomes, onde construímos nosso próprio modelo económico e retomamos o estado de bem-estar social deixado por (o ex-presidente Hugo) Chávez, ou se vem uma Venezuela das elites, com o povo excluído e tudo privatizado".

A sua opositora, María Corina Machado, que venceu no fim de 2023 as primárias da oposição, foi inibida politicamente de se candidatar à Presidência, mas promove ativamente a candidatura do ex-embaixador Edmundo González Urrutia, até há meses um desconhecido, mas a quem a maioria das sondagens dão agora vantagem, como representante do legado político de Machado.

O discurso de Maduro tem subido de tom nos últimos dias, tendo chegado a advertir que poderia ocorrer um "banho de sangue" na Venezuela se o chavismo não vencer as eleições.

"O destino da Venezuela no século XXI depende da nossa vitória em 28 de julho. Se não querem que a Venezuela caia num banho de sangue, numa guerra civil fratricida produto dos fascistas, vamos garantir o maior sucesso, a maior vitória eleitoral do nosso povo", disse Maduro, na terça-feira, num comício em Caracas.

Neste sábado, voltou a assegurar que tem a preferência dos eleitores.

"Desde já, querem cantar fraude. Eles sabem a verdade, as ruas sabem a verdade, o povo sabe a verdade. Estamos a vencer e a vencer bem, estamos a vencer pelo caminho do meio. Ela sabe e os estrangeiros sabem", acrescentou.

Nicolás Maduro sucedeu na Presidência a Hugo Chávez, que morreu em 2013. Chávez foi o rosto do confronto aberto com os Estados Unidos, governou a Venezuela durante 14 anos naquilo que chamou de "revolução bolivariana".