Até 15 de janeiro de 2018, esta "exposição-ensaio" também revela como a investigação e experimentação de Ana Hatherly revaloriza aquele “denegrido período histórico e modifica a nossa conceção do passado”, de acordo com um texto da fundação, sobre a sua programação.

A mostra junta objetos, obras e documentos de períodos históricos distintos, reunidos por Ana Hatherly, compondo um percurso expositivo a partir de categorias essenciais do Barroco.

O “Mundo como Labirinto", a importância do "Lúdico", a "Vida como Nada diante da Morte", a "Alegoria e a folia da Interpretação", o "Diálogo oblíquo entre pintura e poesia" e a "Metalinguagem" da obra de arte constituem os diferentes núcleos da mostra dedicada à criadora de "Volúpsia", "Interfaces do olhar" e das mais de quatro centenas de "Tisanas".

“São muitas as portas de entrada neste edifício, pois também foram variadas as declinações da obra de Ana Hatherly: nos ensaios e investigação académica; na poesia e na prosa; nos desenhos, nas re-colagens, nas performances, nos filmes, nos programas televisivos”, lê-se no texto de apresentação da Gulbenkian.

É nesse “labirinto onde tudo gira à volta da escrita”, que é apresentado um “jardim feito de tinta”, onde a artista reinventa o mundo caminhando por entre signos.

Com curadoria de Paulo Pires do Vale, em colaboração com Nuno Vassallo e Silva, a exposição estará patente no quadro da Coleção do Fundador no Museu e na Galeria inferior das instalações.