Um tribunal em Lisboa decretou hoje a insolvência da Groundforce, depois de um requerimento da TAP nesse sentido, no culminar de mais de um ano de problemas entre a empresa, os trabalhadores, o Governo e a companhia aérea.
O Tribunal da Comarca de Lisboa deu razão e aceitou hoje o pedido da TAP. Em maio, a transportadora tinha requerido à justiça a insolvência da empresa de handling.
O ministro da Economia disse hoje não ter detalhes sobre operação de redução de capital na TAP e subsequente controlo total do Estado ainda este ano, mas reiterou a importância estratégica da companhia aérea para a economia portuguesa.
O Governo reafirmou hoje “que continua com total empenho e disponibilidade” para trabalhar com a Comissão Europeia (CE) para concluir a aprovação do plano de reestruturação da TAP, depois de divulgada uma carta enviada por Bruxelas a Portugal.
A Comissão Europeia reconhece a importância de o Estado português salvar a TAP, mas receia que o auxílio de 3.200 milhões à reestruturação viole as regras de concorrência e duvida que o mesmo garanta de vez a viabilidade da companhia.
Os sindicatos que representam os trabalhadores da TAP vão avançar com ações legais para travar o despedimento coletivo que a empresa iniciou na segunda-feira, que abrange 124 profissionais, anunciaram hoje várias estruturas.
A Groundforce comunicou hoje aos trabalhadores que, depois da garantia do Governo de que a TAP irá pagar os serviços de junho antes do processamento salarial, a empresa terá condições para o pagamento atempado dos salários de julho.
Para mim, o problema é o mesmo há anos e, pelos vistos, continua: a TAP não sabe comunicar. Não sabe, não quer saber e, sinceramente, é muito pouco inteligente, porque o mal que faz à imagem da empresa não é insignificante, é tremendo.
O Governo não avançou com uma nacionalização da Groundforce para evitar “o risco de litigância” e dada a complexidade destes processos, disse hoje o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, no parlamento.
O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, disse hoje que o Estado e a TAP irão assegurar uma solução para a Groundforce, mesmo que falhe o processo de venda das ações da empresa, a cargo do Montepio.
A assembleia-geral de obrigacionistas da TAP aprovou hoje a renúncia ao reembolso antecipado de obrigações relativamente aos exercícios de 2020, 2021 e 2022, revelou a transportadora portuguesa em comunicado.
O segundo dia de greve na Groundforce contou com a adesão de 81,3% trabalhadores em Lisboa, levando ao cancelamento de 309 voos, entre as 00:00 e as 10:30, segundo fonte oficial da empresa de assistência em aeroportos.
O segundo dia de greve na Groundforce levou já ao cancelamento de 301 voos de e para Lisboa, dos 511 previstos para o dia de hoje, e 26 de e para o Porto, segundo fonte oficial da ANA.
A TAP garantiu ontem que não tem quaisquer pagamentos em atraso à Groundforce, depois de a empresa de 'handling' ter acusado a companhia aérea de uma dívida de 12 milhões de euros por serviços já prestados.
A greve de hoje dos trabalhadores da Groundforce afetou significativamente a operação da TAP, reconheceu a presidente executiva da transportadora aérea, que antecipou para domingo cancelamentos e atrasos semelhantes no aeroporto de Lisboa.
A ANA – Aeroportos de Portugal anunciou hoje o alargamento do horário dos laboratórios que realizam testes à covid-19 no aeroporto de Lisboa, na sequência dos cancelamentos de voos devido à greve dos trabalhadores da Groundforce.
A Groundforce avançou que a greve de hoje dos seus trabalhadores levou ao cancelamento de mais de 300 voos e desafiou a TAP a pagar à empresa “o que lhe é devido pelos serviços prestados”.
A greve da Groundforce provocou o cancelamento de 274 voos nos aeroportos portugueses, até ao momento, dos quais 242 em Lisboa, segundo a ANA -Aeroportos de Portugal.
Várias centenas de passageiros com voos cancelados devido à greve da Groundforce, em filas, ou sentadas no chão do aeroporto de Lisboa, queixam-se de falta de informação das companhias aéreas e aguardam uma solução.
A presidente executiva da TAP apelou hoje à Groundforce que reveja a sua posição, aceitando a proposta para pagamento do subsídio de férias, e lamentou que a empresa tenha posto os seus interesses à frente de clientes e trabalhadores.
Um passageiro de um voo da TAP fez hoje insuflar a manga de emergência enquanto o avião estava estacionado a aguardar pela partida no aeroporto de Lisboa, que acabou por não acontecer, confirmou à Lusa fonte oficial da companhia.
A TAP avisou hoje que a sua operação está a registar “significativos constrangimentos”, com registo de vários voos cancelados, devido à greve da Groundforce, iniciada às 00:00 de hoje, e alerta que a situação deverá manter-se no domingo.
Os pilotos da TAP reúnem-se hoje em assembleia de empresa, convocada pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), para debater o despedimento coletivo anunciado de 35 profissionais e decidir se aceitam realizar voos em férias e folgas.