Segundo o líder ucraniano, Vladimir Putin estará a planear atacar as centrais nucleares do seu país, no ambito da guerra que dura há dois anos e meio.

"Há pouco tempo recebi outro relatório alarmante de parte do nosso serviço de inteligência [serviços secretos]. Parece que agora Putin planeia atacar as nossas centrais nucleares e a infraestrutura, para desconectar essas instalações da rede de energia", acusou Zelensky no seu discurso.

Volodimir Zelensky afirmou que o seu país nunca aceitará um acordo de paz que seja imposto de fora, ao questionar as motivações da China e do Brasil para promover negociações com a Rússia.

"Nós, ucranianos, nunca aceitaremos isso - nunca aceitaremos isso. Por que alguém no mundo acreditaria que um passado colonial tão brutal, que não tem continuidade hoje, poderia ser imposto agora na Ucrânia?" - perguntou.

Zelensky falava na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, e apelava à comunidade internacional que puna os criminosos de guerra.

Enquanto a Rússia prossegue com os ataques diários em território ucraniano, Zelensky pediu esta terça-feira ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que obrigue Moscovo a estabelecer a paz com Kiev.

"É exatamente isso que faz falta: forçar a Rússia à paz", disse, consciente de que, após mais de dois anos e meio de guerra, o apoio a seu país pode estar chegado ao fim.

A declaração de Zelensky foi criticada por Moscovo. "A posição de tentar forçar a Rússia à paz é um erro absolutamente fatal. É impossível forçar a Rússia à paz", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.

"A Rússia é favorável à paz, mas com a condição de garantir as bases da sua segurança e de alcançar os objetivos da ofensiva na Ucrânia", completou.

O presidente ucraniano, que está nos Estados Unidos desde domingo, também pretende apresentar na quinta-feira, em Washington, ao homólogo americano, Joe Biden, e ao Congresso os detalhes de um "plano de vitória" que, segundo Zelensky, pretende acabar com a invasão russa do seu país, iniciada em fevereiro de 2022.

Em atualização.

*Com AFP