Todd Blanche argumenta que a data prevista para o anúncio, 18 de setembro, não dá tempo suficiente para Trump possivelmente recorrer do resultado de uma outra audiência marcada para 16 de setembro, esta sobre imunidade presidencial e decorrente de um julgamento do Supremo Tribunal de Justiça dos EUA.

Numa carta enviada ao juiz na quarta-feira, Blanche também afirmou que "não há base para continuar esta pressa", além dos não especificados "objetivos espúrios de interferência eleitoral".

Em maio, Trump foi declarado culpado por um júri de Nova Iorque de 34 acusações de falsificação de documentos contabilísticos para encobrir pagamentos com o objetivo de comprar o silêncio da ex-atriz de filmes adultos Stormy Daniels e evitar que ela revelasse um suposto caso extraconjugal.

Trump é o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a ser condenado criminalmente.

"A sentença está atualmente programada para ser anunciada quando a votação antecipada das eleições presidenciais já tiver sido iniciada", escreveu Blanche ao tribunal.

"Adiando a sentença até depois desta eleição... O Tribunal reduziria, embora não eliminasse, as questões relativas à integridade de qualquer procedimento futuro", acrescentou.

Na quarta-feira, Trump falhou pela terceira vez no seu esforço para afastar o juiz responsável pelo caso.

Os advogados do magnata e atual candidato republicano à Presidência nas eleições de 5 de novembro tinham solicitado a remoção do juiz Juan Merchan alegando que o trabalho da sua filha para uma organização democrata representa um "conflito de interesses". Mas Merchan rejeitou o pedido ao considerar que os argumentos da defesa não passam de uma "repetição de alegações desgastadas e infundadas".

Trump tem tentado de todas as formas atrasar os diferentes casos que enfrenta perante a justiça até depois das eleições presidenciais, incluindo os de Washington e do estado da Geórgia, onde é acusado de tentar reverter os resultados da eleição de 2020, nas quais foi derrotado pelo democrata Joe Biden, cuja vitória o magnata republicano nunca reconheceu.