De acordo com a agência Reuters, estes ataques ocorreram no decurso de algumas das mais intensas trocas de tiros transfronteiriças, num conflito que decorre paralelamente à guerra entre Israel e o Hamas em Gaza.

Aviões de guerra israelitas procederam a uma intensa vaga de ataques aéreos a várias cidades ao longo da fronteira sul do Líbano e mesmo mais a norte esta segunda-feira. Segundo os repórteres da Reuters que se encontravam na cidade portuária de Tiro, no sul do país, foi possível ouvir aviões de guerra a sobrevoar a baixa altitude o sul do Líbano e ouvir uma série de ataques aéreos nas proximidades.

A agência ANI informou que “aviões de guerra inimigos lançaram (...) mais de 80 ataques aéreos em meia hora”, visando zonas do sul do Líbano, ao mesmo tempo que iniciaram “intensos ataques no vale de Bekaa”, no leste do país.

A televisão al-Manar, do Hezbollah, noticiou ataques aéreos israelitas que visaram os arredores de muitas cidades e aldeias no sul e no vale de Bekaa, no leste do Líbano. As imagens mostram colunas de fumo que se erguem sobre o sul. Para além de atingirem a região do Vale de Bekaa, no leste do Líbano, os aviões de guerra também efectuaram ataques aéreos na zona de Hermel, no norte do Líbano.

Antes, Israel tinha aconselhado os habitantes do sul do país a “manterem-se afastados dos alvos” do movimento pró-iraniano Hezbollah, prometendo continuar os ataques “maiores e mais precisos”.

“Aconselhamos os civis das aldeias libanesas situadas dentro ou perto de edifícios e áreas utilizadas pelo Hezbollah para fins militares, tais como as utilizadas para armazenar armas, a procurar abrigo imediatamente para sua própria segurança”, disse o porta-voz do exército, contra-almirante Daniel Hagari, numa conferência de imprensa.

Após quase um ano de guerra entre o movimento Hamas e Israel, a frente foi deslocada nesta semana para a fronteira com o Líbano, numa escalada militar entre as tropas israelitas e o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irão.

O Hezbollah, poderoso braço político e militar no Líbano, abriu uma frente contra Israel em "apoio" ao Hamas desde o início da guerra em Gaza, onde a retaliação israelita devastou o território e provocou um desastre humanitário.