Numa notícia publicada no site do Patriarcado de Lisboa, D. Rui Valério faz o balanço da visita ad limina a Roma e anuncia que o cónego Alexandre Palma será o sucessor de D. Américo Aguiar na presidência da Fundação JMJ Lisboa 2023.

O cónego Alexandre Palma entra no cargo depois de a atual direção cessar funções, no final de junho.

O Patriarca de Lisboa adianta que o sacerdote, de 45 anos, prefeito do Seminário Maior de Cristo-Rei dos Olivais desde julho de 2012, aceitou a nomeação "com sentido de responsabilidade" e "com grande sentido de continuar na mesma senda que tem sido trilhada até aqui".

"A Fundação JMJ está orientada por um conjunto de estatutos que definem bem qual é a natureza específica da fundação, a sua missão e, portanto, qual o rumo que tem que seguir. O senhor padre Alexandre Palma abraçou este projeto com entusiasmo", diz.

Agora, de acordo com os estatutos da Fundação JMJ Lisboa 2023, "cabe ao presidente constituir a sua equipa de direção".

No balanço da visita ad limina, D. Rui Valério destaca que a JMJ Lisboa 2023 "acompanhou diariamente" os Bispos de Portugal, por ter "sido tão marcante" e por "mostrar o rumo para o futuro" da Igreja.

"A sua presença nos nossos diálogos, nos nossos encontros, não teve tanto que ver com o que foi, com o que aconteceu. A Jornada continua a ser uma chama que arde, na medida em que ela nos continua a mostrar o rumo para o futuro. E esse rumo passa, necessariamente, por uma participação global de toda a Igreja, passa exatamente por esta consciencialização do primado da evangelização e passa, nomeadamente, por esta atenção aos jovens a partir dos jovens. Portanto, a JMJ esteve presente, foi sustentáculo das nossas reflexões, foi procura para encontrar referências para o caminho evangelizador e missionário que a Igreja – e concretamente a Igreja de Lisboa – quer continuar a trilhar", refere.

Para Roma, "levávamos na bagagem acontecimentos que foram marcantes para a nossa Igreja de Lisboa e para a Igreja no contexto universal, do mundo. Falou-se de pandemia e dos seus efeitos, e também se falou da JMJ, que não foi só oito dias, foi um processo em que estivemos envolvidos dois, três anos e que mobilizou, amplamente, a nossa juventude e toda a Igreja de Lisboa, em todos os seus quadrantes e em todos os seus padrões", diz o Patriarca.

Por isso, considera que a ad limina "foi um tempo de memória, uma memória viva, uma memória que nos dá consciência de que houve sementes que foram lançadas, sementes essas que estão a frutificar e estão a dar frutos".