Ambas as pistolas fazem parte do período da história francesa que precedeu e seguiu a primeira vez que o Imperador francês abdicou, no início de abril de 1814, e estão ligadas à tentativa de suicídio de Napoleão Bonaparte em Fontainebleau, perto de Paris, na noite de 12 para 13 de abril.

Posteriormente, as pistolas foram doadas por Napoleão I ao General Armand de Caulaincourt, Duque de Vicence.

As armas foram vendidas num precioso estojo de madeira (nogueira, ébano, veludo verde bordado a ouro) e com acessórios.

Estas duas pistolas de percussão, incrustadas de ouro e prata e com o perfil do imperador, estavam avaliadas entre 1,2 e 1,5 milhões de euros.

As casas de leilão Osenat e Rossini, que organizaram a venda na região parisiense, não forneceram informações sobre o comprador, mas consideraram que foi um sucesso.

No sábado, o Ministério da Cultura francês emitiu uma ordem para proibir a exportação das duas pistolas, classificadas como "tesouros nacionais".

As armas estão "destinadas a integrar as coleções nacionais junto com o sabre conhecido como dos imperadores, que foi oferecido ao mesmo tempo pelo recém-derrotado Imperador ao general Caulaincourt", declarou o Ministério.

Independentemente do seu valor ou idade, um bem cultural classificado como tesouro nacional só pode deixar o país temporariamente, com regresso obrigatório, conforme indica o site do Ministério da Cultura.

Quando é negado um certificado de exportação, inicia-se um período de 30 meses durante o qual as autoridades francesas podem fazer uma oferta de compra ao proprietário do objeto, que tem o direito de recusá-la. Se o governo francês renunciar à compra, o item pode sair do país.