"A Direção-Geral da Saúde (DGS) publica hoje, segunda-feira, dia 12 de agosto, a Norma que concretiza a introdução da imunização sazonal contra a infeção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em idade pediátrica, para a época outono/inverno 2024-2025", é referido em comunicado enviado às redações.

Que vírus é este? 

O VSR "pode provocar doença respiratória em pessoas de todas as idades, mas, geralmente, todas as crianças até aos dois anos são infetadas por este vírus, podendo ocorrer reinfeção em qualquer idade. Este vírus é a causa mais comum de doença das vias respiratórias inferiores até aos 12 meses de idade", explica o SNS.

Quais os sintomas?

"Os sintomas e gravidade podem variar com vários fatores como, a idade ou o estado saúde da criança/pessoa". Contudo, os mais frequentes são secreções nasais e oculares, tosse, pieira, febre e dificuldade em respirar respiração semelhante a assobio.

Quantas crianças vão ser abrangidas pela campanha?

"Com a adoção desta campanha prevê-se proteger cerca de 62 mil crianças representando um investimento estimado de 13,6 milhões de euros, por parte do Governo", é referido.

Segundo o Ministério da Saúde, "a introdução da imunização contra o VSR acontece sob proposta da DGS, que teve em consideração, entre outros fatores, a epidemiologia da infeção em Portugal, o risco acrescido de desenvolvimento de doença grave e hospitalização e a segurança do medicamento".

Quando começa a campanha? É preciso pagar?

"A partir de 1 de outubro de 2024, a imunização contra a infeção pelo VSR estará disponível de forma gratuita em todas as maternidades dos sectores público, privado e social, para as crianças nascidas entre 1 de outubro de 2024 e 31 de março de 2025; e nas instituições de saúde do SNS para as crianças nascidas entre 1 de agosto de 2024 e 30 de setembro de 2024, e crianças com fatores de risco definidos", é explicado.

Qual o principal objetivo? 

De acordo com o comunicado, esta é "uma estratégia de prevenção que tem o objetivo de proteger as crianças, particularmente nos primeiros meses de idade, e reduzir a suscetibilidade individual, a carga de doença e o impacto na utilização de serviços de saúde, nomeadamente o recurso às urgências hospitalares, e de internamentos associados".

Quem vai acompanhar a evolução deste vírus e o impacto da campanha?

"A DGS, em conjunto com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e outros parceiros, irão assegurar a vigilância epidemiológica do VSR, bem como a monitorização e avaliação do impacto desta campanha de imunização", é explicado.

Para o ministério, "esta medida demonstra uma aposta clara na prevenção da doença e na promoção da saúde e bem-estar social das crianças e das suas famílias, ao invés de se reagir através da prestação de cuidados curativos".

Em que altura vai ser mais visível a existência deste vírus?

Segundo informação disponibilizada pelo SNS, "em Portugal os surtos por vírus sincicial respiratório ocorrem tipicamente nos meses de inverno (dezembro e janeiro), mas podem ocorrer também em outubro/novembro até abril/maio".

Nos últimos anos, "as medidas impostas durante a pandemia de COVID19, como o uso de máscara, distanciamento social ou o encerramento de creches/escolas contribuiu para a diminuição transmissão nesse período, assistindo-se a um retorno da transmissão fora dos períodos habituais" neste momento.