A atualização foi divulgada pela agência europeia hoje à noite e reporta-se aos dados recolhidos até cerca das 12:00, sobre o incêndio que começou em 14 de agosto.

O anterior balanço divulgado pela mesma entidade, com o ponto de situação até às 12:00 de quinta-feira, indicava que tinham ardido 5.002,4 hectares.

Na terça-feira, em declarações à Lusa, o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC), António Nunes, questionado sobre os números avançados na segunda-feira pelo secretário regional da tutela — que apontavam para sete mil hectares ardidos — explicou que a “confusão deriva de uma avaliação feita pelos limites externos da área ardida”.

No interior dessa área, referiu, “existem muitas bolhas de vegetação que não arderam”.

O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.

As autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.

O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais.

Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.

A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.