No contexto desta missão, a instituição de ensino superior informa, em comunicado, que equipou o dispensário médico de Naisunya que já está a apoiar cerca de 450 famílias com camas, marquesas de observação, máquinas de oxigénio portátil, medicamentos, instrumentos para partos e suturas. Além disso, durante os primeiros oito dias no terreno, os voluntários prestaram cuidados primários de saúde oral e geral a cerca de quatro mil pessoas.

Esta é uma ação coordenada pelo Doutor André Mariz de Almeida e a Doutora Catarina Martinho, médicos dentistas, e que conta com apoio no terreno de Lídia Almeida, farmacêutica hospitalar, Luísa Lopes, médica dentista pediátrica, e Rutes Gomes, psicóloga. A primeira metade da missão chega ao fim na próxima semana, e a partir do dia 15 até ao dia 20 de agosto, os voluntários irão viajar até à capital do Quénia, Nairóbi, estando neste momento a aceitar donativos para apoiar a comunidade local.

André Mariz de Almeida, médico dentista e professor na faculdade Egas Moniz, conta que “temos percorrido várias aldeias na região de Samburu para distribuir alimentos à população local e, logo de seguida, desenvolvemos ações no terreno de relacionadas com a saúde oral, assim como formações de literacia em saúde oral e em saúde geral com foco na nutrição, higiene e saúde da mulher. Este dispensário médico que equipámos com o apoio da faculdade Egas Moniz é, atualmente, o único local do condado de Samburu com equipamentos para internar pacientes, e este pequeno passo deixa-nos muito contentes porque verificamos o impacto positivo que irá criar na comunidade”. O professor da Egas Moniz acrescenta ainda que “uma das mais recentes necessidades com que fomos confrontados foi a falta de produtos de higiene íntima para a menstruação”.

Já o ministro da saúde de Samburu, Dr. Nassir Lekudere, sublinhou a importância da colaboração internacional referindo que “queremos trabalhar em estreita colaboração com a Egas Moniz. Esta parceria é um exemplo de como a cooperação global pode resultar em melhorias tangíveis para comunidades locais. Agora, graças ao apoio da Egas Moniz, a região de Naisunya está preparada para tratar fraturas, estabilizar pacientes e internar pacientes para situações de má nutrição severa ou desidratação”.

Atualmente, Samburu é uma das regiões do Quénia mais afetadas pela seca extrema desde 2011, em que 70% da população vive abaixo do limiar de pobreza e 40% não tem acesso a água potável, nem a cuidados de saúde primários. Com vista a identificar as principais necessidades da população, os voluntários já se reuniram com a embaixadora portuguesa no Quénia, Ana Filomena Rocha, e também com o ministro da saúde de Samburu, Dr. Nassir Lekudere.

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