Assim, o concerto no Theatro Circo, em Braga, vai acontecer a 18 de janeiro de 2025, o do Teatro das Figuras, em Faro, a 25 de janeiro, enquanto a 1 de fevereiro atuarão no Teatro Municipal de Ourém.

Em 26 de fevereiro de 2025, os Mão Morta subirão ao palco da Culturgest, em Lisboa, em 1 de março estarão no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, e dia 7, no Teatro Aveirense, em Aveiro.

Em comunicado, a banda indicou que os bilhetes já comprados são válidos para as novas datas e que quem quiser pode pedir um reembolso, dirigindo-se à bilheteira onde adquiriu as entradas.

Os concertos foram anunciados em abril como momentos "de comemoração e de alerta" sobre "o ar dos tempos".

Em nota de imprensa divulgada na altura, a banda portuguesa explicou que “Viva la Muerte!” pretende assinalar os 40 anos de carreira e os 50 da revolução de Abril de 1974 e que aos concertos se juntarão conferências “com politólogos, filósofos e historiadores, relacionadas com as temáticas do espetáculo”.

“Numa época em que o perigo do regresso do fascismo se torna palpável, os Mão Morta não podiam deixar de se manifestar e de denunciar o ar dos tempos”, referia o grupo.

De acordo com a informação divulgada em abril, o espetáculo contará com temas novos inspirados em autores como José Mário Branco, Adriano Correia de Oliveira, José Afonso ou José Carlos Ary dos Santos, “que viveram o fascismo salazarista e encontraram nessa opressão e censura a motivação para criar arte”.

Com letras de Adolfo Luxúria Canibal e música de Miguel Pedro e António Rafael, “Viva la Muerte!” também abordará as “temáticas do fascismo contemporâneo”, como “o ultranacionalismo bélico, as teorias racistas da ‘grande substituição’, a globalização das teorias conspiracionistas, o ódio ao conhecimento científico e às instituições do saber ou o apelo ao pensamento único, de vocação totalitária”.

As conferências, que serão moderadas pelos músicos, contarão com a participação dos investigadores e doutorados, das áreas de História e Política, Carlos Martins, Manuel Loff, Sílvia Correia e Luís Trindade.