Segundo o instituto, agosto de 2024 foi o mais quente já registado (a par com 2023) com uma temperatura média global de 16.82 °C, 0.71 °C acima do valor médio 1991-2020.

Estima-se que o mês tenha sido cerca de 1.51 °C mais quente do que a média pré-industrial de 1850-1900, e é o 13.º mês num período de 14 meses em que a temperatura do ar da superfície média global excedeu 1.5.°C.

Na Europa o valor médio da temperatura média do ar na Europa foi + 1.57 °C acima do valor médio 1991-2020, sendo o 2º agosto mais quente, depois do agosto de 2022.

As temperaturas do ar na Europa estiveram acima da média no sul e no leste da Europa e, abaixo da média, sobre as partes noroeste da Irlanda e do Reino Unido, na Islândia, na costa oeste de Portugal e no sul da Noruega.

Segundo comunicado do IPMA, o mês de agosto foi mais seco que a média na maior parte da Europa continental, incluindo o sul do Reino Unido e a Irlanda, os Alpes, os Balcãs, o noroeste da Rússia e o leste da Fennoscandia, com áreas no sul e leste em seca e com ocorrência de incêndios florestais. Foi mais húmido do que a média na Islândia, no norte do Reino Unido e na Irlanda, grande parte da Fennoscandia, na costa norte da Europa continental, bem como no oeste da Rússia e Turquia.

Em Portugal continental, classificou-se como muito quente em relação à temperatura do ar e muito seco em relação à precipitação.

Foi o 10.º agosto mais quente desde 1931 e o 7.º mais quente desde 2000 com um valor médio da temperatura média do ar, 23.85. °C, 1.17 .°C acima do valor normal 1981-2010.

O valor médio da temperatura máxima do ar, 31.08.°C, registou uma anomalia de + 1.66 °C em relação à normal. O valor médio da temperatura mínima do ar, 16.62 °C, foi superior ao normal, com uma anomalia de + 0.67 °C, sendo o 6º valor mais alto desde 2000.

Durante o mês destaca-se se um período quente relativamente longo (3 a 21 agosto) de valores de temperatura máxima do ar acima do valor médio mensal, destacando-se os dias 10 e 16 com anomalias da ordem de + 6.0 °C e com 15 % das estações meteorológicas com uma temperatura máxima ≥ 40. °C. No período de 15 a 21 de agosto ocorreu uma onda de calor, que abrangeu em especial a região do Alentejo.

Em relação à precipitação, foi 5.º mês mais seco desde 1931 e o mais seco dos últimos 35 anos, revela o instituto. Verificou-se um total de precipitação, 0.7 mm, corresponde a apenas 6% do valor médio 1981-2010.

O IPMA diz ainda que se verificou um aumento da área em seca meteorológica que se estendeu a toda a região interior Norte e Centro. A sul do Tejo predominam as classes de seca moderada e severa, destacando-se os distritos de Beja (interior) e Faro (sotavento) com vários locais na classe de seca severa. No final de agosto cerca de 82 % do território estava em seca meteorológica fraca a severa.