O presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), Tiago Faria Lopes, disse hoje à Lusa que a greve será desconvocada assim que o Ministério das Finanças der o "aval" ao protocolo assinado em 17 de março.
A presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, ainda em funções, vai ser ouvida na comissão parlamentar de inquérito em 4 de abril, num primeiro grupo de audições que arrancam quarta-feira com a Inspeção-Geral de Finanças (IGF).
Os pilotos aprovaram hoje uma greve na Páscoa, entre 07 e 10 abril, para pressionar o Governo a ratificar o acordo assinado com a TAP, que repõe condições laborais retiradas em 2021, anunciou o sindicato dos pilotos (SPAC).
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) exigiu "igualdade de tratamento", apelando à reintegração de colegas, depois de um acordo com os pilotos nesse sentido, segundo um comunicado aos associados.
A comissão de inquérito à TAP vai ouvir 60 personalidades e as audições começam na próxima semana, estando entre as seis primeiras a IGF, a ex-administradora Alexandra Reis, a presidente executiva e o presidente do Conselho de Administração.
O PS quer ouvir cerca de duas dezenas de personalidades na comissão de inquérito à TAP, começado pelo Inspetor-Geral de Finanças, bem como o ministro das Finanças, Fernando Medina, e os antigos governantes Pedro Nuno Santos e João Leão.
O antigo ministro da Economia António Pires de Lima será ouvido no parlamento sobre o processo da privatização da TAP no dia 4 de abril, disse hoje o presidente da comissão de Economia, Afonso Oliveira.
A vogal do Conselho de Administração e da comissão executiva da TAP, Silvia Mosquera Gonzalez, apresentou hoje a renúncia ao cargo, adiantou a companhia aérea à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O BE pediu a audição de 25 personalidades na comissão de inquérito à TAP, entre os quais o ministro das Finanças, Fernando Medina, e os antigos governantes Pedro Nuno Santos, João Leão, Mário Centeno e António Pires de Lima.
O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) disse hoje que os lucros de quase 66 milhões de euros que a TAP registou em 2022 foram obtidos "à custa do sacrifício dos trabalhadores sem olhar a meios".
A TAP encerrou 2022 com um lucro líquido de 65,6 milhões de euros. Os sindicatos acusam a companhia de lucrar à custa dos trabalhadores, e defendem que, mais do que nunca, é preciso acabar com os cortes salariais.
O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) e a TAP chegaram a um acordo sobre algumas matérias, nomeadamente "a cessação da intenção do despedimento coletivo", depois de a companhia ter anunciado que iria contratar mais profissionais este ano.
O coordenador do PSD na comissão parlamentar de inquérito à TAP justificou hoje a aceitação da relatora proposta pelo PS porque o nome indicado pelos socialistas "seria sempre aceite", e recusou qualquer falta de sintonia entre as estruturas sociais-democratas.
O PSD adiantou hoje que a antiga administradora da TAP Alexandra Reis colocou o lugar à disposição em dezembro de 2021, “eventualmente, sem lugar a qualquer indemnização”, através de um e-mail enviado ao então ministro Pedro Nuno Santos.
A deputada do PS Ana Paula Bernardo foi hoje designada relatora da comissão de inquérito à TAP, uma proposta apresentada pelos socialistas e aceite por todos os outros partidos.
O Presidente da República escusou-se hoje a responder se concorda com as exonerações na TAP decididas pelo Governo, mas disse esperar que a decisão da Assembleia Geral da empresa tenha "fundamentação jurídica legal".
A TAP disse hoje que a ainda presidente executiva (CEO) da companhia aérea, Christine Ourmières-Widener, tem o prazo legal de 10 dias úteis para se pronunciar para a saída, anunciada pelo Governo.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, negou hoje ter contactado escritórios de advogados já depois de ter anunciado a saída da presidente executiva (CEO) da TAP, Christine Ourmières-Widener, para sustentar juridicamente o despedimento por justa causa.
O secretário-geral do PCP acusou hoje o Governo de querer colocar a TAP "nas asas dos alemães" e "desmantelar o país às fatias", depois de já ter entregado a energia, telecomunicações dos aeroportos e banca a privados.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou hoje a convicção de que a privatização da TAP terá interessados, um processo que deseja que tenha um desfecho “no mais curto lapso de tempo possível”.
David Neeleman, antigo acionista da TAP, justificou o negócio de entrada na TAP, afirmando que a companhia aérea estava falida antes da sua entrada e que salários foram pagos com os fundos Airbus.
O ministro das Infraestruturas disse hoje estar confiante no rigor do relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) que levou à demissão de responsáveis da TAP e considerou que o recurso para os tribunais é direito que assiste aos cidadãos.
O ministro das Infraestruturas disse hoje que o Governo quer que a ainda presidente executiva da TAP cesse funções “o mais rapidamente possível”, mas não está ainda decidido quem fica ao comando até à chegada do novo CEO, em abril.
O presidente do Conselho de Administração da TAP, Manuel Beja, e a presidente executiva, Christine Ourmières-Widener, continuam em funções, e não conhecem os prazos previstos para a destituição, segundo uma comunicação enviada hoje pela empresa à CMVM.