O ódio contra migrantes e refugiados está a alastrar-se, alertou hoje a Agência para os Direitos Fundamentais, apelando à “ação concertada” da União Europeia e dos Estados-membros para o impedir.
O sistema internacional de proteção de refugiados tem sofrido “uma evolução dramática” desde 2015. A desproteção “está a espalhar-se como um vírus”, considerou hoje o próximo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
A história de um rapaz afegão que procura refúgio na Europa é o ponto de partida da peça "Do bosque para o mundo", que se estreia terça-feira em Lisboa e tenta explicar aos mais novos o drama dos refugiados.
Os refugiados são "prisioneiros" na Europa, pois "deixaram os seus países, fugiram da morte, para entrar nas prisões" em que transformaram os campos de acolhimento, critica o especialista em migrações Sami Nair, de visita a Portugal.
Pelo menos 100 pessoas desapareceram no Mediterrâneo hoje, depois de um barco ter virado ao largo da Líbia, segundo as equipas de resgate, que procuram sobreviventes.
A guarda costeira da Itália anunciou que resgatou com vida na segunda-feira 550 pessoas no mar Mediterrâneo e recolheu cinco cadáveres, em cinco operações.
As autoridades alemãs registaram este ano mais de 450 casos de agressão ou perseguição a políticos ou voluntários dedicados a ajudar refugiados, segundo números hoje divulgados pela edição digital do semanário "Die Zeit".
O ministro-adjunto, Eduardo Cabrita, elogiou hoje o trabalho "notável" que Portugal tem feito no acolhimento de refugiados, realçando que no próximo ano o país vai receber um número muito significativo de pessoas oriundas da Grécia e Itália.
A Amnistia Internacional disse hoje esperar que Portugal possa ser um exemplo para o mundo em matéria de acolhimento de refugiados, criticando a União Europeia pela falha em matéria de liderança e de defesa dos Direitos Humanos.
O Parlamento húngaro rejeitou hoje a proposta do Governo do primeiro-ministro, o conservador Viktor Orbán, de alterar a Constituição para bloquear qualquer plano futuro da União Europeia de distribuir refugiados entre os Estados-membros.
Um acampamento com mais de 3.000 migrantes no nordeste de Paris, entre as estações de metro Jaurès e Stalingrad, começou a ser hoje evacuado, de forma tranquila, constataram jornalistas da agência AFP no local.
A pressão da União Europeia para que Itália seja "mais dura" com migrantes e refugiados deu origem a abusos graves, incluindo espancamentos e expulsões ilegais, denunciou hoje a Amnistia Internacional (AI).
O Canadá pretende "abrir as suas portas" em 2017 e acolher cerca de 300 mil imigrantes e refugiados, anunciou hoje o ministério da Cidadania, Imigração e Refugiados.
O Governo francês deu hoje por terminado o desmantelamento do campo de refugiados de Calais, conhecido como a "selva", onde viviam até há alguns dias cerca de seis mil migrantes e requerentes de asilo.
As autoridades francesas intensificaram hoje os trabalhos para concluir a demolição do acampamento "Selva" de Calais, atualmente praticamente deserto, enquanto mais de 100 juristas franceses pediram à Grã-Bretanha para aceitar menores não-acompanhados que viviam no campo de migrantes.
O destacamento da Força Aérea Portuguesa, que integra uma operação da agência europeia de controlo de fronteiras Frontex no mar Mediterrâneo, detetou duas embarcações com 144 migrantes na costa italiana, anunciou hoje a instituição.
Pelo menos 3.800 pessoas morreram ao tentar atravessar o Mediterrâneo em 2016, o número mais alto alguma vez registado, anunciou hoje o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).
O comissário europeu responsável pela ajuda humanitária considerou hoje que a crise dos refugiados se tornou o “mais urgente e difícil desafio” da Europa e sublinhou que a resposta será o legado europeu "por muitos anos".
Equipas de operários escoltados por polícias começaram hoje à tarde a destruir as tendas e barracas da "Selva" de Calais, depois de os milhares de refugiados do campo terem sido distribuídos por centros por toda a França.
Pelo menos 3.740 migrantes morreram este ano a tentar atravessar o mar Mediterrâneo contra os 3.175 mortos registados em igual período do ano anterior, anunciou hoje a ONU.
A Hungria começou a construir uma nova vedação anti migrantes num troço de 10 quilómetros junto à fronteira com a Sérvia, na qual testará os sistemas de alta tecnologia que planeia instalar em toda a fronteira sul, informa hoje a EFE.
Mais de 2.300 migrantes foram hoje retirados sem incidentes da "Selva" de Calais em autocarros que os transportaram para centros de acolhimento distribuídos por França, no primeiro dia das operações de desmantelamento do gigantesco bairro da lata.
Cerca de 70 migrantes no campo de Moria, ilha de Lesbos, incendiaram hoje contentores onde funcionavam os serviços de asilo que ficaram "quase destruídos" e envolveram-se em confronto com a polícia durante uma ação de protesto, disse fonte policial.