O Banco de Portugal (BdP) considerou hoje que a auditoria confirma a importância das injeções de capital do Fundo de Resolução na viabilidade do Novo Banco e indicou que está a analisar as "insuficiências" detetadas na gestão do BES.
O Banco Central Europeu (BCE) recebeu hoje o relatório da auditoria externa ao BES e ao Novo Banco, que revelou perdas líquidas de 4.042 milhões de euros, e irá agora avaliá-lo, informou fonte oficial da instituição à Lusa.
A deputada do BE Mariana Mortágua anunciou hoje que o partido vai propor a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco para apurar todas as responsabilidades.
O presidente executivo do Novo Banco disse hoje que 95% das perdas referidas na auditoria da Deloitte devem-se a ativos anteriores a 2014, ou seja, que pertenciam ao BES e passaram para o Novo Banco na resolução.
O BE requereu hoje, com urgência, o relatório da auditoria ao Novo Banco "na sua versão integral, incluindo a lista de entidades codificadas", defendendo a divulgação pública imediata da versão que já foi entregue no parlamento.
A Iniciativa Liberal manifestou hoje preocupação com a defesa do dinheiro dos contribuintes no Novo Banco, considerando que, acauteladas as matérias de sigilo bancário, o relatório da auditoria deve ser público.
O Novo Banco disse hoje que o relatório da auditoria da Deloitte aos seus atos de gestão “confirma a forma transparente e competitiva” com que tem vindo a recuperar o seu balanço, sobretudo através da venda de ativos.
O PS considerou hoje que a auditoria ao Novo Banco identifica a origem da "doença" financeira no Banco Espírito Santo (BES) e acusou o Governo PSD/CDS e a anterior administração do Banco de Portugal de terem "falhado".
O CDS requereu hoje, com caráter de urgência, a audição do governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, e do ministro das Finanças, João Leão, para darem explicações sobre as "perdas muito avultadas" do Novo Banco.
O PAN vai propor a renegociação dos contratos de venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star e apoia uma comissão de inquérito parlamentar, face às conclusões da auditoria externa a esta instituição bancária.
O presidente do PSD disse hoje estranhar que se fale mais do BES do que do Novo Banco na auditoria externa hoje conhecida, considerando necessário saber se "está correto" o dinheiro injetado após a resolução daquela instituição.
A auditoria ao Novo Banco será divulgada com informação truncada, estando os serviços do parlamento a avaliar as partes abrangidas por segredo, mas os deputados têm acesso integral através de um 'software' específico, segundo o presidente da comissão de orçamento.
O deputado comunista Duarte Alves considerou hoje que "o escândalo do BES continua com o Novo Banco", reiterando a necessidade de controlo público daquela instituição financeira.
A auditoria externa ao BES e ao Novo Banco revelou hoje perdas líquidas de 4.042 milhões de euros no Novo Banco e, segundo o Governo, o "relatório descreve um conjunto de insuficiências e deficiências graves" até 2014.
A maioria das bancadas parlamentares admite a criação de uma comissão de inquérito aos negócios do Novo Banco mas aguarda conhecer os resultados da auditoria, enquanto o Chega já deu entrada de uma proposta que visa investigar também os financiamentos eleitorais.
O presidente do PSD, Rui Rio, considerou hoje que “falta saber quem é o último beneficiário” da venda da antiga seguradora GNB Vida, operação que gerou perdas compensadas com verbas do Fundo de Resolução.
O Fundo de Resolução, entidade na esfera do Banco de Portugal (BdP) que detém 25% do Novo Banco, afirmou hoje que o montante da venda da seguradora GNB Vida refletiu "o valor de mercado" da empresa, à data.
A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) afirmou hoje que não observou nenhuma ligação entre os compradores da GNB Vida, seguradora do Novo Banco, e Greg Lindberg, gestor acusado de corrupção nos Estados Unidos.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reforçou hoje o apelo para que se acelere a “auditoria e todo o tipo de investigação e apuramento da realidade relativamente ao Novo Banco”.
O Novo Banco garante que o comprador da seguradora GNB "teve a idoneidade verificada pelo regulador de seguros" e que a venda foi feita com acordo com Fundo de Resolução.
O Novo Banco vendeu em outubro uma seguradora com desconto de quase 70% a fundos geridos pela Apax, operação que gerou uma perda de 268,2 milhões e foi compensada com verba do Fundo de Resolução, noticia o jornal Público.
O Novo Banco disse hoje que esteva impedido de reavaliar as suas posições em fundos de reestruturação até outubro passado, por acordo com o Fundo de Resolução, e que o fez no primeiro semestre cumprindo as determinações do BCE.
O Fundo de Resolução disse hoje que terá em conta a crise económica e o contexto dos mercados na avaliação que fará dos ativos que o Novo Banco queira vender este ano, situações que são desfavoráveis a alienações.
O Novo Banco registou prejuízos de 555,3 milhões de euros no primeiro semestre, um agravamento de 38,8% face ao mesmo período de 2019, constituindo 138 milhões de euros de provisões relacionadas com a covid-19, divulgou hoje a instituição.