É uma homenagem peculiar, eu sei. Mas, neste dia, decidi passear pelas «mães» que se escondem nas línguas do mundo. Não posso chegar a todas, claro — as línguas são mais do que as mães. Posso, no entanto, começar por olhar para o globo, rodar o planeta com o dedo e aterrar do outro lado do mundo...
Às vezes, pomo-nos a conversar e vamos desde o início do universo até à língua dos esquimós — o problema é quando a criança tira da cartola uma pergunta bem mais difícil de responder do que «Qual é o sentido do mundo?».
Ora, vamos imaginar que o meu caro leitor está empenhado em provar que um determinado país é o pior país do mundo. Para o efeito, podemos escolher, sei lá, a Dinamarca.
Há quem fique desesperado: abre o Facebook e vê posts cheios de erros, imagens com citações mal atribuídas, notícias falsas, opiniões que não lembram ao diabo.
Já tinha eu o artigo alinhavado, faltava apenas a conclusão — e era um artigo tremendo, capaz de mudar umas quantas mentalidades, como se diz por aí. É então que a Zélia me diz: temos de ir ao IKEA.
Não é que não haja muita coisa importante para discutir — na verdade, podia começar para aqui a falar da liberdade de expressão, do populismo à portuguesa, dos fogos que deixaram o coração real e político do nosso país a arder...
De Peniche para o mundo, um livro que mostra uma série de viagens, mesmo quando as histórias não saem do mesmo sítio. Estivemos à conversa com o homem ao leme destas jornadas loucas, para perceber onde hão de fundear.
Ontem foi o dia das mentiras. Logo, hoje será um dia em que só dizemos a verdade, não é? Aqui ficam umas verdades sobre javalis que se enfiam no meu carro, Donald Trump a falar de portugueses e a ironia, coitadinha, que anda um pouco deprimida.
Quando queremos escrever uma crónica, olhamos em volta à procura de material. Ora, cada um repara em coisas diferentes. Como trabalho todos os dias com palavras, são elas que me saltam à vista. Foi por isso que, nesta primeira crónica, peguei em sete palavras que me chamaram a atenção nos últimos di