1. O que um Senado republicano pode implicar para os EUA

Apesar de Joe Biden já ter garantido votos suficientes para ser eleito como o próximo Presidente dos EUA, os republicanos têm atualmente a maioria dos lugares no Senado (50 republicanos contra 48 democratas). Por isso, embora Biden queira colocar já em prática o seu plano climático, estará dependente das duas cadeiras que faltam contabilizar na Geórgia.  

Planeta A

Uma volta ao mundo centrada nos temas que marcam.

Todas as semanas, selecionamos os principais trabalhos associados à rede Covering Climate Now, que o SAPO24 integra desde 2019, e que une centenas de órgãos de comunicação social comprometidos em trazer mais e melhor jornalismo sobre aquele que se configura como um tema determinante não apenas no presente, mas para o futuro de todos nós: as alterações climáticas ou, colocando de outra forma, a emergência climática.

Perante esta conjuntura, a jornalista Emily Holden, do The Guardian, explica, a partir de Washington, que, “provavelmente, existirão gastos em larga escala em infraestrutura verde, como energia renovável, veículos elétricos e transporte público. Mas qualquer esperança de requisitos climáticos para as empresas, como um padrão de energia limpa, é ínfima”.

Se Biden conseguir aprovar o seu plano climático na totalidade, as emissões dos EUA nos próximos 30 anos reduziriam-se em cerca de 75 giga toneladas, evitando um aumento da temperatura em 0,1º C até 2100, de acordo com o Climate Action Tracker. Pode parecer um número pequeno, mas tornar--ia possível diminuir significativamente os danos da crise climática e também estimular a redução da poluição em outros países.

Para ler na íntegra em The Guardian 

Presidents from the Northern Triangle of Central America meet with US and Mexican representatives in Guatemala
Presidents from the Northern Triangle of Central America meet with US and Mexican representatives in Guatemala créditos: Lusa

2. O percurso que a América tem de fazer para voltar ao Acordo de Paris

Os EUA saíram oficialmente do Acordo de Paris na semana passada, sob a administração de Trump, mas Biden já garantiu que o país irá regressar. O órgão de comunicação social InsideClimate News explica o que novo presidente norte-americano terá de fazer para voltar ao acordo internacional. 

A tarefa de tornar os EUA um país mais verde é mais complicada do que pode parecer, mas “necessária”, diz o jornalista Bob Berwyn. Para que tal aconteça Biden precisa do apoio de vários setores da sociedade americana: “se for apoiado por políticas climáticas nacionais ambiciosas, uma recuperação verde, tiver o apoio do Congresso e um impulso renovado para a colaboração internacional em várias iniciativas climáticas, a reentrada dos EUA poderia ajudar a revigorar os esforços mundiais para a transição para uma economia de carbono zero líquido até 2050”, explica o artigo. 

Para ler na íntegra em InsideClimate News 

3. Políticos americanos que votaram contra o clima receberam mais dinheiro de empresas 

Uma análise da Bloomberg Green às contribuições corporativas durante a campanha revelou que a grande maioria do dinheiro - mesmo de empresas que têm planos climáticos divulgados - foi atribuído a legisladores que votaram contra medidas de ação ação climática. 

Dos 68 milhões de dólares doados aos membros do Congresso e do Senado desde 2018, metade foi para candidatos que votaram a favor de legislação para a ação climática 10% ou menos das vezes - o equivalente a uma pontuação vitalícia de 10% na League of Conservation Voters, uma organização sem fins lucrativos norte-americana que defende que os valores ambientais devem passar a ser prioridades nacionais. Nesta categoria estão incluídos 40% dos membros do Congresso. 

Por cada dólar que um membro do Congresso que votou a favor de medidas de ação climática durante estes últimos quatro anos recebeu, quem votava contra recebia 1,84 dólares - quase o dobro do valor. 

Para ler na íntegra em Bloomberg 

Book in Loop - Ambiente
Book in Loop - Ambiente Book in Loop - Ambiente

4. Mudar para hábitos sustentáveis não é sinónimo de gastar mais dinheiro 

O YEARS Project lançou uma série de vídeos explicativos sobre sustentabilidade, demonstrando como os americanos não precisam de sacrificar o seu estilo de vida para enfrentar a crise climática. Caso os Estados Unidos utilizassem mais energia renovável poderia inclusive ajudar a economizar milhares de dólares a famílias americanas todos os anos, impulsionar uma economia pós-Covid e criar dezenas de milhões de empregos.

A chave, diz Saul Griffith, é fornecer um financiamento inicial que garanta uma mudança na produção de energia de combustíveis fósseis para eletricidade gerada por energia solar, eólica e outras fontes não carbono. 

Ver vídeos aqui, aqui e aqui.

Por cá: Projeto Ding Dong quer mostrar as iniciativas verdes que Portugal tem para oferecer

Uma viagem sustentável para um destino verde dentro do país. Foi este o desafio que o Ding Dong, um projeto financiado pela União Europeia, propôs a três diferentes influencers portugueses: Catarina F. P. Barreiros, Anna Masiello e Afonso Cabral Lopes.

O desafio Ding Dong funciona como uma espécie de corrida de estafetas, com passagens de testemunho. A Catarina irá partir de Lisboa e viajar até Santarém, onde passará a "pasta" à Anna, que visitará Arouca e que, por sua vez, passará o testemunho ao Afonso, que termina a viagem no Gerês. A viagem poderá ser acompanhada nas redes sociais de cada um, bem como nas páginas do projeto Ding Dong. Mas afinal de contas, o que é o Ding Dong?

O objetivo do Ding Dong é mostrar os melhores projetos verdes, ativos em diferentes partes do país, ao mesmo tempo que ensina como fazer viagens com o mínimo de impacto ambiental possível. A iniciativa não decorrer apenas em Portugal, há outros quatro países se juntaram ao projeto: Bélgica, Alemanha, Grécia e Lituânia. Ou seja, um total de 15 influencers de cada um destes países vão visitar mais de 70 projetos verdes nos seus territórios. 

A campanha durará seis semanas, desde a preparação para a viagem, o percurso e, claro, o destino final: a visita a projetos sustentáveis, onde os criadores de conteúdo irão participar fisicamente num grande "desafio verde" com o resto da comunidade. Além disso, haverá mini-desafios que lhes são lançados ao longo da viagem, promovendo a sustentabilidade em várias áreas e tarefas. Exemplos? Viajar com apenas cinco peças de roupa ou como fazer compostagem com caixas de esferovite. 

Para ler na íntegra no SAPO24

Edição e seleção por Larissa Silva