"É inconcebível que um advogado grave um cliente — totalmente inédito e talvez ilegal", denunciou o presidente dos Estados Unidos no Twitter. "A boa notícia é que o vosso presidente favorito não fez nada de errado", acrescentou.

Trump foi gravado secretamente dois meses antes das eleições de 2016 a discutir um pagamento para abafar um suposto caso com uma modelo da Playboy, e o FBI tem esta gravação.

O diário New York Times (NYT), que divulgou a informação, cita advogados e outras fontes conhecedoras da gravação, apreendida pelo FBI durante uma busca ao escritório de Cohen, no âmbito da investigação pelo seu envolvimento no pagamento a mulheres com o objetivo de silenciar notícias potencialmente prejudiciais para Trump antes das eleições de 2016.

O presidente republicano também considerou hoje "inconcebível que um governo entre no escritório de um advogado (cedo de manhã) - quase inédito".

A investigação criminal federal procura esclarecer se estes pagamentos violaram as leis de financiamento de campanhas eleitorais.

Durante a rusga do mês de abril o FBI confiscou vários documentos que revelavam uma transferência de 130.000 dólares (112.000 euros) do advogado de Trump para a atriz porno Stormy Daniels.

No decurso destas buscas, e segundo referiu o NYT na ocasião, os agentes federais também detetaram documentos relacionados com duas outras mulheres, uma delas Kareb McDougal, ex-modelo da Playboy que afirmou ter mantido uma relação de um ano com Trump em 2006 e que foi identificada como a mulher da gravação.

O advogado pessoal de Trump, Rudolfo Giuliani, confirmou ao NYT que o Presidente fala na gravação – menos de dez minutos – com Cohen sobre o pagamento à mulher, mas frisou que o pagamento acabou por não se concretizar, sendo este documento “uma poderosa prova de desculpabilização”.