“Há dores de crescimento, mas é isto que precisamos de fazer. Tenho a certeza que estamos todos de acordo que a separação da função policial, defesa e controlo de fronteiras, da função administrativa e da função de integração é o caminho inequívoco”, destacou Marta Temido.

Numa visita ao Centro para as Migrações do Fundão, a candidata a eurodeputada recordou que esta foi uma reforma do ponto de vista conceptual "elogiada na Europa”.

“Neste momento, penso que o atual governo está a fazer todos os possíveis para capacitar a AIMA, no sentido de poder responder melhor. Há um governo a lidar com aquilo que é a necessidade de continuar esta reforma e achamos bem”, acrescentou.

No seu entender, o método de tentar acelerar o processo de regularização de documentação dos migrantes “terá algum sucesso”, o que a leva a acreditar que esta é “a direção certa”.

“É evidente que a situação em que estão [os migrantes] não é a ideal, ficamos preocupados com essa realidade, e é preciso continuar a trabalhar. Precisamos de acelerar, resolver e apostar nesta vertente de integração, de integração específica, dedicada e mais diferenciada dos mais vulneráveis”, alegou.

A falta de recursos humanos com que a AIMA se debate desde que foi criada vai agravar-se com os pedidos de saída uma centena de funcionários, escreve hoje o jornal Expresso.

Segundo o Expresso, que cita um relatório da agência sobre a recuperação das pendências do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), elaborado este mês, o novo organismo iniciou funções em outubro de 2023 com apenas 714 funcionários — 41% do contingente dos organismos extintos que estaria à disposição.