A vacinação contra a covid-19 iniciou-se em Portugal no passado dia 27 de dezembro, com a primeira fase a abranger os profissionais de saúde diretamente envolvidos na prestação de cuidados a doentes, funcionários e utentes de lares de idosos e da rede nacional de cuidados continuados integrados, assim como elementos das forças armadas, das forças de segurança, de serviços críticos e titulares de órgãos de soberania e altas entidades públicas.

Recentemente, foram incluídos no plano de vacinação pessoas com 80 ou mais anos e pessoas com mais de 50 anos com doenças associadas, mas o critério de chamada destas pessoas não é claro e há diferenças pelo país, noticia o Público.

Assim, nas regiões do Norte, Centro e Algarve decidiu-se que as pessoas são convocadas pela idade, começando pelos mais velhos, mas em Lisboa e Vale do Tejo a escolha é feita de forma aleatória.

Ao jornal, o comandante Ramos de Oliveira, porta-voz da task-force da vacinação, refere que a idade deveria ser o principal critério, mas tal nem sempre acontece porque esta orientação — que deve ser dada pela DGS — não está escrita na norma.

"Dentro desses dois grupos, em função das doses [que vão chegando], a vacinação deve ser feita de cima para baixo", reforçou Ramos de Oliveira.

Todavia, alguns centros de saúde referem que a escolha das pessoas a chamar também depende das vacinas que são entregues nos locais de vacinação. Por exemplo, a vacina da AstraZeneca só está indicada até aos 65 anos, pelo que terão de ser administradas a esses doentes de risco. Por outro lado, as da Pfizer ou da Moderna já permitem que se comece por dar prioridade à idade.