O primeiro-ministro falava aos jornalistas em Vila Pouca de Aguiar, um dos concelhos afetados pelos fogos, que hoje visita em conjunto com o Presidente da República os territórios afetados.

"Nós fomos capazes de ir para o terreno ainda estavam os incêndios a decorrer [...]. Interviemos num primeiro momento junto dos autarcas e já tomamos decisões. Já temos 100 milhões de euros disponíveis para iniciar o processo de recuperação. Temos um acordo com a Comissão Europeia para a utilização até 500 milhões de euros de fundos de coesão", garantiu o primeiro-ministro.

As prioridades para o futuro são agora "as pessoas, as suas condições de vida mais essenciais e básica e depois todo o tecido económico".

"Estamos a utilizar todos os instrumentos que é possível utilizar com um carácter de excecionalidade fase à dimensão da tragédia", acrescentou, recordando que o Executivo vai assegurar "a 100% o financiamento das habitações destruídas até 150 mil euros e 85% a partir disso".

Antes de Vila Pouca de Aguiar, o Presidente da República e o primeiro-ministro contactaram hoje de manhã, em Baião, com alguns populares afetados pelos incêndios que assolaram recentemente a região, aos quais prometeram que a ajuda do Estado não vai faltar.

Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro chegaram de helicóptero àquele concelho do distrito do Porto, acompanhados de vários membros do Governo (ministro Adjunto e da Coesão Territorial, ministra da Administração Interna e secretário de Estado da Proteção Civil), iniciando um périplo por três regiões afetadas pelos fogos florestais.

Paulo Pereira, o presidente da Câmara de Baião, recebeu a comitiva, que seguiu de autocarro para uma zona onde lavrou um dos incêndios, entre 17 e 19 de setembro.

Ao longo da EN321, onde se pôde ver vastas áreas ardidas, o autarca explicou a dimensão do fogo, recordando que destruiu 6.000 hectares, o que corresponde a cerca de metade da área florestal do concelho, incluindo zonas de paisagem protegida em Baião.

No sul do concelho, num miradouro junto ao rio Douro, onde começou um dos incêndios, Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro ouviram as explicações das autoridades da proteção civil.

Falaram também com presidentes de junta e com alguns populares, residentes na zona de Portela do Gôve, que viram as suas habitações destruídas total ou parcialmente pelo fogo.

O Presidente e o chefe do Governo assinalaram o empenho do Estado para que as pessoas sejam rapidamente compensadas com a reconstrução das casas, um trabalho que, como confirmou o ministro adjunto e da Coesão Territorial, Castro Almeida, já está a ser articulado com a câmara municipal e, no caso de Baião, com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.

À tarde visitam e Sever do Vouga (Aveiro).

*Esta última hora está a ser atualizada ao minuto. Para ter informação mais recente basta atualizar a página.