"A primeira coisa que disse [a Meloni] foi que estava disposto a demitir-me (...) Ela disse-me para continuar", declarou Sangiuliano numa longa entrevista na noite desta quarta-feira no canal RAI, a televisão pública italiana.

Ele fez confissões delicadas sobre Maria Rosaria Boccia, jovem que inundou as redes sociais com relatos sobre o seu relacionamento com o ministro. "Tornou-se um relacionamento sentimental" em maio passado, reconheceu, dizendo tê-lo encerrado "no final de julho, início de agosto".

Maria Rosaria Boccia publicou nas redes sociais, no final de agosto, a sua suposta nomeação como conselheira do ministro da Cultura para grandes eventos, o que o ministro negou.

Boccia respondeu publicando fotos dela na companhia do ministro em muitos eventos públicos, e-mails, cartões de embarque, entre outros, reproduzidos pela imprensa italiana.

Na entrevista, o ministro, um homem casado, afirmou, munindo-se de vários documentos, que pagou pessoalmente todos os custos relacionados com as diversas viagens de Boccia na sua companhia e que nenhum centavo de dinheiro público foi gasto.

"A primeira pessoa a quem devo pedir desculpas, e que é uma pessoa excecional, é a minha esposa", disse ele. O ministro também pediu desculpas a Giorgia Meloni "pelo constrangimento que causei, a ela e ao governo".

Alguns opositores políticos pediram a renúncia de Sangiuliano.