“O aprofundamento da parceria estratégica entre a Rússia e a China, bem como as suas tentativas combinadas de desestabilizar e remodelar a ordem internacional baseada no direito, suscitam profundas preocupações”, pode ler-se na declaração final do Conselho do Atlântico Norte, o mais alto órgão político da Aliança Atlântica.

Os líderes da NATO denunciam ainda que a invasão russa da Ucrânia “destruiu a paz e a estabilidade na área euro-atlântica” e defendem que a Rússia continua a ser “a maior e mais direta ameaça à segurança dos aliados”.

Hoje, o secretário-geral da NATO afirmou também que a adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica "não é uma questão de se mas de quando", sublinhando que os aliados concordaram que esse caminho "é irreversível".

Na conferência de imprensa no final do primeiro dia de trabalhos da cimeira da NATO, que decorre até quinta-feira em Washington, Jens Stoltenberg justificou o compromisso dos aliados de apoiarem a Ucrânia com um montante anual não inferior a 40 mil milhões de euros.

"Não estamos a fazer isto porque queremos prolongar a guerra, mas porque queremos acabar com ela o mais rápido possível", defendeu.

E acrescentou: "A não ser que queiramos que a Ucrânia perca, a não ser que nos queiramos curvar perante [o Presidente russo, Vladimir] Putin, temos de mostrar compromisso".

"Na nossa reunião, também decidimos dar mais passos para aproximar ainda mais a Ucrânia da NATO", disse, falando num caminho "irreversível para a integração" do país na Aliança Atlântica.

Segundo o secretário-geral da NATO, é preciso assegurar que "quando for o momento certo", a Ucrânia se juntará à organização "sem demoras".

"Não é uma questão de se mas quando", frisou.