Bruni é investigada por suspeita de manipulação de testemunha (Ziad Takieddine) e também é acusada por "participação em associação criminosa com o objetivo de praticar o crime de fraude judicial em grupo organizado", indicou a fonte.

A ex-primeira-dama foi "colocada sob controlo judicial e proibida de entrar em contacto com os protagonistas do processo, exceto Sarkozy", acrescentou a fonte.

Esta decisão, "pronunciada nos mesmos termos à concernente ao seu marido (...) é apenas a continuação processual lógica e não tem mais fundamentos, nem juridicamente nem factualmente", declararam à AFP os seus advogados, Paul Mallet e Benoît Martinez.

"Carla Bruni-Sarkozy está decidida a exercer os seus direitos e impugnar esta decisão infundada", acrescentaram.

Dentro deste caso em aberto desde 2021, Sarkozy, presidente da França entre 2007 e 2012, foi indiciado em outubro de 2023 por possível manipulação de testemunhas e associação criminosa com o objetivo de cometer fraude judicial em grupo organizado, como parte das múltiplas acusações legais que enfrenta. Os seus advogados apresentaram uma petição em abril para anular este processo.

Esta investigação em particular procura esclarecer porque é que uma testemunha-chave do caso, o empresário franco-libanês Ziad Takieddine, afirmou ter entregue pastas contendo milhões de euros procedentes do ditador líbio Muammar Khaddafi ao chefe da equipa de Sarkozy e depois voltou atrás. Os investigadores suspeitam de que pessoas da confiança de Sarkozy tenham agido para que Takieddine mudasse a sua versão.

Uma investigação mostrou que Carla Bruni apagou todas as mensagens trocadas com Michele Marchand, considerada a rainha dos paparazzi na França, no dia em que esta última foi acusada de manipulação de testemunhas, em junho de 2021.

Sarkozy será julgado no começo de 2025, por suspeita de ter recebido fundos da Líbia na sua campanha, o que ele nega.