"O incêndio que deflagrou na torre de refrigeração da central nuclear de Zaporijia, após um ataque das forças armadas ucranianas, foi totalmente extinto", declarou Vladimir Rogov.

Kiev, por outro lado, acusou a Rússia de estar na origem do incêndio.

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), que conta com uma equipa de especialistas na central elétrica ucraniana, indicou que "nenhum impacto foi relatado na segurança nuclear" após o incêndio.

"Os especialistas da AIEA viram um forte fumo negro vindo da parte norte" do local, depois de ouvirem "múltiplas explosões à noite", e foram informados pela administração "de um alegado ataque de drones a uma das torres de refrigeração", disse a agência da ONU na rede social X (antigo Twitter).

A AIEA tem apelado repetidamente à contenção, temendo que uma "ação militar imprudente" desencadeie um "grande acidente nuclear".

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, divulgou o incêndio minutos depois das 20h30 nas redes sociais, acusando a Rússia de fazer chantagem e pedindo uma reação internacional.

"Registamos de Nikopol que os ocupantes russos começaram um incêndio no território da Usina Nuclear de Zaporizhzhia. Atualmente, os níveis de radiação estão dentro da norma. No entanto, enquanto os terroristas russos mantiverem o controle sobre a usina nuclear, a situação não é e não pode ser normal. Desde o primeiro dia da sua apreensão, a Rússia tem usado a usina nuclear de Zaporizhzhia apenas para chantagear a Ucrânia, toda a Europa e o mundo. Estamos à espera que o mundo reaja, à espera que a AIEA reaja. A Rússia deve ser responsabilizada por isto. Somente o controlo ucraniano sobre a NPP de Zaporizhzhia pode garantir um retorno à normalidade e à segurança completa."

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) revelou, duas horas depois, que o incêndio não parecia representar uma ameaça à segurança nuclear.

"Especialistas da AIEA viram uma densa fumaça preta subindo da área norte" do local depois de ouvirem "múltiplas explosões durante a noite", disse a agência da ONU na rede X.

"Não foi relatado nenhum impacto na segurança nuclear", acrescentou a AIEA, que tem uma equipa de especialistas na usina ucraniana, ocupada pelas forças armadas russas.

A central elétrica de Zaporijia, a maior da Europa, está ocupada desde março de 2022 pelos russos. Situa-se em Energodar, ao longo do rio Dniepre, que funciona como linha da frente natural entre os dois beligerantes.

[Notícia atualizada às 08:27]