Os mais de 30 mil habitantes da cidade, localizada 40 quilómetros a leste da capital grega, foram obrigados a deslocar-se para a cidade costeira de Nea Makri.

A Grécia lutava neste domingo contra vários incêndios florestais, que ameaçavam os arredores da capital, e alguns dos quais permaneciam fora de controlo durante a noite.

"As forças de proteção civil travaram uma batalha durante toda a noite e, apesar dos esforços sobre-humanos, o fogo continua a espalhar-se muito rapidamente e dirige-se para Penteli", explicou o porta-voz dos bombeiros, Vassilis Vathrakogiannis, numa conferência de imprensa.

Mais cinco comunidades foram evacuadas esta madrugada, bem como dois hospitais, um pediátrico e outro militar, em Penteli, a cerca de 15 quilómetros a nordeste de Atenas.

Oito pessoas foram hospitalizadas por problemas respiratórios.

As autoridades gregas abriram o estádio olímpico OAKA, no norte de Atenas, para acolher os milhares de pessoas deslocadas.

O fumo destes incêndios cobriu parte de Atenas, num contexto de alerta devido às condições meteorológicas extremas para o resto da semana.

Na tarde deste domingo, os bombeiros conseguiram controlar 33 dos 40 incêndios declarados nas últimas 24 horas, disse à imprensa Vassilis Vathrakogiannis, porta-voz dos bombeiros.

Os incêndios levaram o primeiro-ministro, Kiriakos Mitsotakis, a interromper as suas férias para retornar a Atenas esta noite.

O ministro grego da Proteção Civil alertou no sábado que metade do país enfrentava um alto risco de incêndios até pelo menos 15 de agosto devido às altas temperaturas, rajadas de vento e à seca.

"Infelizmente, a intensidade dos ventos será ainda significativa durante as próximas horas e é absolutamente necessário que os cidadãos das redondezas sigam as instruções dadas pelas autoridades", insistiu Vathrakogiannis.

Temperaturas de 39 graus Celsius (°C) e ventos superiores a 50 km/h são ainda esperados na região esta segunda-feira, de acordo com os serviços meteorológicos.

Embora as temperaturas atuais sejam normais para a estação do ano, duas ondas de calor extremo que o país sofreu em junho e julho, com temperaturas superiores a 44°C em algumas regiões, incluindo Creta, secaram a vegetação, aumentando o risco de incêndios florestais.

De acordo com o Observatório Nacional de Atenas, a Grécia viveu o julho mais quente de 2024 desde que os registos começaram a ser feitos em 1960.

A temperatura média fixou-se nos 27°C, 2,9 graus acima do valor médio registado no mesmo mês entre 1991 e 2020.