• As primeiras projeções dão a vitória à coligação de esquerda Nova Frente Popular (que junta socialistas, ecologistas e comunistas e é liderada pela França Insubmissa, partido de esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon).
  • Em segundo lugar está a coligação presidencial Juntos, agrupamento centrista e liberal encabeçado pelo Renascimento, partido do presidente Emmanuel Macron.
  • A União Nacional (RN, sigla em francês), partido de extrema-direita de Marine Le Pen que procurava uma maioria absoluta, ficou em terceiro.
  • Na primeira volta, em 30 de junho, a União Nacional conseguiu vencer pela primeira vez as eleições legislativas, ao obter 33,1% dos votos e quase duplicar o seu apoio desde que a França elegeu a sua Assembleia Nacional pela última vez, em 2022.
  • Segundo as projeções, nenhum bloco político consegue maioria absoluta nestas eleições legislativas em França.
  • As autoridades estão a contar com desacatos este noite em França. Vários comerciantes já ergueram barricadas nos seus estabelecimentos nos centros urbanos.
  • Para a Nova Frente Popular foram apontados entre 172 a 215 deputados, de acordo com as projecções de quatro institutos, que colocam todos os macronistas em segundo lugar, com 150 a 180 lugares, à frente do partido de extrema-direita União Nacional, com 115 a 155 deputados eleitos.
  • Jean-Luc Mélenchon considera que Emmanuel Macron "tem o dever de chamar a Nova Frente Popular a governar" e apela à demissão do primeiro-ministro francês, Gabriel Attal.
  • Macron pede "prudência" e garante que a sua aliança "segue viva" após legislativas. "A questão é quem governará daqui para frente e conseguirá uma maioria", acrescentou.
  • O líder da União Nacional, Jordan Bardella, salientou hoje que o partido registou o seu “maior avanço na história”, duplicando o número de deputados, e criticou “os arranjos eleitorais” que “atiraram a França para os braços da extrema-esquerda”.
  • O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, vai apresentar a demissão a Macron na segunda-feira, depois dos resultados desta noite.
  • O Partido Socialista francês, integrado na coligação de esquerda Nova Frente Popular, avisou hoje que não aceitará qualquer "coligação de opostos que traia o voto dos franceses e prolongue as políticas macronistas".
  • O ministro da Administração Interna francês, Gérald Darmanin, afirmou que "ninguém se pode apropriar da vitória" face às projeções de resultados das eleições legislativas no país, criticando o líder da aliança da esquerda, Jean-Luc Mélenchon, por fazê-lo.
  • A líder da extrema-direita francesa Marine Le Pen disse que a vitória ficou “apenas adiada”, depois das projeções apontarem o seu partido, a União Nacional, no terceiro lugar, atrás da aliança de esquerda e do bloco do presidente.
  • O ex-presidente socialista francês François Hollande defendeu que a esquerda, que conseguiu vencer a segunda volta das legislativas, segundo as primeiras projeções, deve mostrar responsabilidade e procurar pacificar o país depois de uma campanha fraturante.
  • O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse observar “atentamente” o que se passa nas eleições legislativas em França, ainda sem resultados finais, e considerou que “o que o povo decide está bem decidido”. Em Beja, perante a indicação da parte dos jornalistas de que Macron prefere comentar as eleições só na segunda-feira, Marcelo frisou: “Se o presidente francês não sabe o que dizer, imagina o presidente português sobre o que se passa num país amigo”.
  • O secretário-geral do partido do presidente francês, o Renascimento, afirmou ser óbvio que a aliança de esquerda Nova Frente Popular "não pode governar a França", argumentando que nenhuma coligação tem maioria na Assembleia Nacional. Stéphane Séjourné comentou que "contrariamente ao que alguns previam, o bloco central republicano moderado continua lá, continua de pé".
  • Multidões saíram à rua e os confrontos começam a fazer-se sentir. Há ocorrências em Nantes, Paris, Lyon, Marselha e Rennes. Veja as fotos.