"Deixaria isto nas mãos de cada estado. É uma decisão importante adiar uma eleição (...) e acredito ser desnecessário", disse Trump em conferência de imprensa na Casa Branca.

"Espero que façam isto da maneira mais segura".

No entanto, pouco depois, o secretário de estado do Kentucky, vizinho do estado de Ohio, responsável por organizar as eleições nesta zona, anunciou o adiamento das primárias, originalmente programadas para o próximo dia 19 de maio e até 23 de junho.

"Podem haver outras mudanças, mas é o primeiro passo para proteger os nossos cidadãos da melhor maneira possível", justificou o republicano Michael Adams, salientando que o governador democrata do Kentucky também apoiou esta "decisão difícil".

As autoridades de Ohio determinaram entretanto o encerramento dos centros de votação que receberiam as primárias esta terça--feira, depois do governador republicano, Mike DeWine, declarar emergência sanitária.

"Apesar de as urnas estarem fechadas amanhã [terça-feira], o secretário de Estado Frank LaRose vai procurar uma solução, através dos tribunais, para ampliar as opções de votação" numa data posterior, disse DeWine na noite desta segunda-feira no Twitter.

Antes, DeWine já tinha aconselhado no Twitter o adiamento das primárias no seu estado para depois de "2 de junho de 2020".

"Enquanto isso, os eleitores poderão solicitar cartões de votação" à distância e "dependerá de um juiz decidir se a eleição será adiada".

O Ohio caminha para ser o terceiro estado a adiar as primárias, depois do Luisiana, de 4 de abril para 20 de junho, e da Georgia, de 24 de março para 19 de maio.

Até o momento, as autoridades eleitorais de quatro estados que votarão esta terça - Arizona, Flórida, Illinois e Ohio - mantêm a data.

A disputa entre os democratas — isto é, a corrida para saber quem irá defrontar Donald Trump nas presidenciais deste ano — está restrita ao favorito, Joe Biden, de 77 anos, ex-vice-presidente de Barack Obama, e ao senador do Vermont, Bernie Sanders, de 78 anos.

O número de casos confirmados de coronavírus nos Estados Unidos superou esta segunda-feira os 4.600, com 85 mortes até ao momento.