Na porta da escola onde votou, o chefe do governo salientou que esta é a primeira vez que vota nesta modalidade de voto antecipado e apelou ao voto salientando a possibilidade de votar em mobilidade no dia 9 de junho.

Questionado sobre a razão de votar antecipadamente, justificou-se com a necessidade de "dar o exemplo". "Antes de mais, este ano o dia das eleições é no dia antes de um feriado importante, um feriado nacional, e é um feriado propício para que muitos portugueses possam aproveitar para descansar e fazer umas férias. Este instrumento é muito fácil de poder ser utilizado para conciliar as agendas profissionais e pessoais dos cidadãos e o direito de voto", disse.

Sobre o processo admite que tendo em conta a experiência que adquiriu, vê com agrado a possibilidade de desenvolver esta forma de votar de forma a dar a todos a oportunidade de exercer o direito.

Na próxima semana haverá voto em mobilidade e o primeiro-ministro sublinha que o preocupa mais é o índice de participação das eleições e que o número de inscritos para votar antecipadamente já mostra que muitos escolheram ir votar. "No próximo domingo, estejam onde estiverem, desde que estejam munidos do seu cartão de cidadão, podem exercer o direito de voto e isso é também uma forma de nós permitirmos mais participação e conciliar o fim de semana prolongado", acrescenta.

Sobre a possibilidade de problemas técnicos no dia 9,  Luís Montenegro garantiu que o Governo está "há muitas semanas a tentar minimizar e eliminar essa possibilidade de problemas". "Isto implica do ponto de vista logístico uma grande operação, também do ponto de vista da dedicação das pessoas que se disponibilizaram para prestar serviço nas mesas de voto, alguma paciência eventualmente que numa ou noutra ocasião seja necessário para gerir e ultrapassar uma outra circunstância que possa ocorrer", reforça.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciaram em conjunto que iriam votar antecipadamente para as eleições europeias, para as quais são chamados a votar mais de 10,8 milhões de portugueses, que escolherão 21 dos 720 eurodeputados.

Em Portugal, concorrem às eleições europeias 17 partidos e coligações: a AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.

A modalidade de voto antecipado em mobilidade foi instituída com a entrada em vigor da Lei Orgânica n.º 3/218, por ocasião da eleição de deputados portugueses ao Parlamento Europeu em 2019.