Mike Pompeo, diretor da CIA, disse em entrevista à BBC que não viu um "decréscimo significativo" na atividade russa e adianta mesmo estar preocupado sobre eventuais interferências nas eleições para Senado e Congresso, que têm lugar nos Estados Unidos em novembro deste ano.

"A minha expectativa é de que eles vão continuar a tentar e a fazer isso [interferir em eleições], mas estou confiante de que a América será capaz de ter eleições livres e justas", disse, acrescentando que espera que a resposta norte-americana seja "robusta" o suficiente para que o eventual impacto de uma interferência não seja relevante.

Questionado sobre a relação entre a CIA — que deu como certa a interferência russa nas presidenciais de 2016 que colocaram Trump na Casa Branca — e um Presidente que considera a interferência russa uma "caça às bruxas", Pompeo limitou-se a dizer que, "independentemente dos factos", o trabalho da CIA é apresentá-los ao Presidente para que este possa tomar decisões informadas.

Uma das principais preocupações da CIA neste momento é o programa balístico da Coreia do Norte, numa altura de grande tensão entre Pyongyang e Washington.

"Kim Jong-un continua a ser um risco não apenas para os Estados Unidos, mas para o mundo. Relativamente ao nosso entendimento sobre o programa [balístico] acho que em conjunto, os Estados Unidos e os serviços secretos de outras partes do mundo, compreendem a capacidade de Kim Jong-un enviar uma arma nuclear contra os Estados Unidos no espaço de uma mão cheia de meses", disse.

Ainda nesta entrevista, o congressista do Kansas que assumiu a liderança da agência em 23 de janeiro de 2017, disse estar orgulhoso do trabalho da CIA, e reforçou o seu compromisso em "roubar segredos" em favor do povo norte-americano.