Quase 3.000 pessoas manifestaram-se este sábado em Lisboa contra a gestão da pandemia de Covid-19 em Portugal e por uma maior liberdade individual e social.

Agora, avança esta terça-feira o semanário Expresso, os organizadores vão ser alvo de um processo-crime por vários crimes, que vão do atentado à saúde pública até à não criação de condições de segurança.

Segundo a publicação, que cita uma fonte policial, "a PSP está a elaborar um processo crime" contra "os promotores " da manifestação "por não criarem condições de segurança e distanciamento físico" e por "instigação à violação das normas sanitárias e atentado à saúde pública".

Caberá depois ao Ministério Público decidir se avança ou não com os processos crime contra os organizadores da manifestação.

A manifestação começou no Parque Eduardo VII e desceu pela Avenida da Liberdade até terminar no Rossio, onde se concentrou a maioria das pessoas, onde se entoaram cânticos e onde foram proferidos os discursos dos representantes dos diversos movimentos envolvidos.

Entre os manifestantes ouvidos pela Lusa, vários foram os motivos invocados para a presença no protesto e houve mesmo quem viesse de propósito num autocarro alugado que saiu do Porto para se fazer ouvir na capital.

Um dos elementos da organização testou positivo

Um dos elementos da organização da manifestação testou positivo para a Covid-19, avançou esta segunda-feira a TomarTV e confirmou o Observador.

Luís Freire Filipe, responsável pelas operações do “Movimento Defender Portugal”, que contribuiu para a realização do protesto de sábado, confirmou ao Observador que uma das pessoas da organização testou positivo após a realização de um teste rápido. O diagnóstico foi conhecido esta segunda-feira, cerca de 48 horas após o protesto, e falta ainda realizar um teste PCR.

A pessoa infetada esteve envolvida na manifestação esteve no protesto, mas apenas no início para “assistir à montagem de toda a logística”, garantiu Luís Freire Filipe ao Observador.

De acordo com a revista Sábado, o protesto foi organizado pelos coletivos Somos hUmaNIDADE, Sábados na Rua, Pela Liberdade! Pela Verdade!, Verdade Inconveniente e Juristas pela Verdade (liderada por um juiz, Rui Fonseca e Castro.)

Segundo o Correio da Manhã, a atuação do magistrado, que está colocado no Tribunal de Odemira, vai ser avaliada pelo Conselho Superior da Magistratura.