O cortejo fúnebre passará na segunda-feira pela residência de Mário Soares, no Campo Grande, em Lisboa, pelas 11:00, seguindo pelas ruas centrais da capital até à Câmara Municipal de Lisboa, onde fará uma breve paragem, em direção ao Mosteiro dos Jerónimos. O corpo ficará em câmara ardente na Sala dos Azulejos do Claustro dos Mosteiro dos Jerónimos, desde cerca das 13:00 até à meia-noite de segunda-feira e na terça-feira até ao final da manhã, entre as 08:00 e as 11:00, estando o local aberto a todos os cidadãos.

De acordo com a PSP, na segunda-feira dia os condicionamentos de trânsito começam pelas 10:30 e estendem-se até às 13:00, abrangendo os seguintes locais: Rua Dr. João Soares, Alameda da Universidade, Campo Grande, Avenida da República, Praça Duque de Saldanha, Avenida Fontes Pereira de Melo, Praça Marquês de Pombal, Avenida da Liberdade, Praça dos Restauradores, Praça D. Pedro IV, Rua Áurea, Rua do Comércio, Praça do Município, Rua do Arsenal, Praça do Comércio, Avenida Ribeira das Naus, Cais do Sodré, Avenida 24 de Julho, Avenida da Índia e Praça do Império.

Na terça-feira, dia do funeral, o cortejo parte do Mosteiro dos Jerónimos para o Cemitério dos Prazeres, com breves paragens previstas em frente ao Palácio de Belém, à Assembleia da República, Fundação Mário Soares e à sede do Partido Socialista, no Largo do Rato.

Nesse dia, os condicionamentos de trânsito começam às 13:00 e estendem-se até às 16:00, abrangendo os seguintes locais: Praça do Império, Rua de Belém, Praça Afonso de Albuquerque, Avenida da Índia, Avenida 24 de Julho, Avenida D. Carlos I, Rua de São Bento, Largo do Rato, Avenida Álvares Cabral, Rua de São Jorge, Rua da Estrela, Rua Domingos Sequeira, Rua Saraiva de Carvalho e Praça São João Bosco.

Além dos condicionamentos de trânsito, na terça-feira, o estacionamento será proibido na Rua do Comércio (junto à Praça do Município), na zona envolvente ao Mosteiro dos Jerónimos e na Praça São João Bosco.

Nestes dois dias, a PSP aconselha que a população “privilegie a utilização de transportes públicos, se estacionar na via pública, verifique se o seu veículo permite a circulação de veículos pesados de emergência, verifique se deixou o veículo trancado e não deixe valores à vista no seu interior, seja cooperante com os agentes de autoridade e um órgão facilitador da ação policial, não comprometa a sua segurança e a dos outros cidadãos e não ostente bens pessoais de valor, especialmente telemóvel, carteira e relógio.

Mário Soares morreu no sábado no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde estava internado há 26 dias, desde 13 de dezembro.

O Governo decretou três dias de luto nacional, a partir de segunda-feira.

Nascido a 07 de dezembro de 1924, em Lisboa, Mário Alberto Nobre Lopes Soares, advogado, combateu a ditadura do Estado Novo e foi fundador e primeiro líder do PS.

Após a revolução do 25 de Abril de 1974, regressou do exílio em França e foi ministro dos Negócios Estrangeiros e primeiro-ministro entre 1976 e 1978 e entre 1983 e 1985, tendo pedido a adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1977, e assinado o respetivo tratado, em 1985.

Em 1986, ganhou as eleições presidenciais e foi Presidente da República durante dois mandatos, até 1996.