O Vaticano anunciou a resignação num breve comunicado, acrescentando que Francisco nomeou o bispo de Albany, Nova Iorque, Edward Scharfenberger, para dirigir a diocese de Buffalo temporariamente, até ser encontrado um substituto permanente.

O Vaticano não disse por que Malone resignou dois anos antes da idade da reforma, aos 75 anos. No entanto, o Vaticano conduziu uma recente investigação na diocese de Nova Iorque a Malone e o tratamento que deu a casos de abuso.

A diocese tem sido citada em mais de 220 casos judiciais por pessoas que alegam terem sido sexualmente abusadas por padres.

Muitas das queixas datam de décadas atrás, muito antes de Malone chegar a Buffalo, em 2012. Mas críticos dizem que tem havido erros mais recentes do prelado, incluindo a decisão de regresso ao ministério de um padre que tinha sido suspenso por um bispo anterior por incluir “amo-te” numa mensagem de Facebook para um rapaz do oitavo ano.

Malone enviou, mais tarde, o mesmo padre em serviço num cruzeiro, mesmo depois de acusado de fazer avanços indesejados sobre rapazes.

O bispo admitiu ter cometido erros em casos envolvendo vítimas adultas, mas recusou-se firmemente a resignar.

Ao longo do último ano, dois elementos chave da equipa de Malone vieram a público com preocupações sobre a sua liderança, incluindo o ex-secretário, o reverendo Ryszard Biernat, que secretamente gravou o bispo chamando um padre então ativo de “cachorro doente”, mas sem tomar uma atitude imediata para o afastar.