“Não ponho em causa que isso seja um direito que vá acontecer, mas também não ponho em causa o empenho e a dedicação de todos esses trabalhadores e que tudo vai decorrer da melhor maneira”, afirmou o bispo Américo Aguiar aos jornalistas.

Questionado sobre o pré-aviso de greve que abrange os trabalhadores afetos à remoção de resíduos do município de Lisboa, Américo Aguiar disse ter consciência de que a mediatização da JMJ é uma oportunidade para os trabalhadores fazerem ouvir as suas reivindicações, mas “tudo vai decorrer da melhor maneira”.

Segundo o bispo, é assim que tem acontecido nos últimos anos sempre que Portugal é chamado a coisas extraordinárias.

“Vimos isso na covid (…). Em eventos extraordinários os trabalhadores sempre disseram: estamos aqui disponíveis e na primeira linha para tudo o que é necessário, mas temos este conjunto de reivindicações, de circunstâncias das nossas vidas, que gostaríamos que pudesse ser melhor”, afirmou, após visitar duas empresas de Paredes, distrito do Porto, que vão fabricar mobiliário para a JMJ.

O Sindicato Nacional dos Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT) entregou na segunda-feira um pré-aviso de greve no município coincidente com as datas da Jornada Mundial da Juventude, assegurando que está aberto ao diálogo com a Câmara de Lisboa.

Em declarações à Lusa, o vice-presidente do SNMOT frisou que o pré-aviso — para o período entre 01 e 06 de agosto — se dirige sobretudo a motoristas e cantoneiros, trabalhadores afetos à remoção de resíduos, mas abrange todos os trabalhadores do município.

Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer entre os dias 01 e 06 de agosto, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.