O aumento da quota em 25%, anunciado hoje pela ministra do mar, Ana Paula Vitorino, “é um passo positivo para o setor”, mas, o presidente da Associação Nacional das Organizações dos Produtores da Pesca do Cerco (ANOP Cerco), Humberto Jorge, considera que teria sido “possível ir mais além”.

Humberto Jorge, reagia ao aumento da quota de captura de sardinha em 1.800 toneladas, o que aumenta para cerca de 9.000 toneladas daquela espécie que poderão ser pescadas por embarcações portuguesas em 2019.

Com base nos cruzeiros científicos e técnicos efetuados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que dão nota de um aumento de 24% de sardinha, Humberto Jorge considera que a quota “poderia ir até às 20 mil toneladas [para Portugal e Espanha]”, ao invés de ficar em cerca de “13.700 toneladas” para os dois países.

O aumento da quota para este ano vai permitir aos pescadores “manter a atividade por mais tempo”, depois de o setor ter sofrido “restrições muito fortes, nos últimos cinco anos”, vincou Humberto Jorge, considerando que “este ano era importante ter este sinal de esperança para os armadores”.

O Governo anunciou hoje o aumentou da quota de pesca da sardinha em 25%, o que permitirá aos pescadores capturarem este ano mais 4.000 toneladas e manterem a faina até outubro, estimou a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino.

Os dados avançados pela governante, em Peniche, apontam para “um aumento de 1.800 toneladas” de sardinha que os pescadores vão poder pescar a mais do que a quota prevista de 2.181 toneladas, que podiam capturar, a partir do mês de agosto.

A medida reflete-se numa quota total permitida para este ano na ordem das 9.000 toneladas, mais 1.800 toneladas de sardinha que as 7.181 toneladas inicialmente acordadas para 2019 entre Portugal, Espanha e a Comissão Europeia para garantir a sustentabilidade do ‘stock’ de sardinhas.