No final de uma reunião com a direção da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, no Porto, a ex-eurodeputada do PS foi questionada sobre as palavras do Presidente da República e recandidato ao cargo, Marcelo Rebelo de Sousa, que na segunda-feira apontou uma segunda volta como provável, "quase inevitável", no caso de a abstenção nas eleições presidenciais de domingo atingir os 70%.

“Se eu pudesse tirar a máscara viam-me a sorrir, porque foi o professor Marcelo Rebelo de Sousa que andou aqui a desvalorizar estas eleições. No fundo, a trabalhar para a abstenção. (…) Em boa parte, a responsabilidade cabe ao professor Marcelo Rebelo de Sousa. Que ele agora de repente, tenha acordado e feito a cambalhota para alertar que há um problema de abstenção, quando ando a dizer isso há imenso tempo”, criticou.

Já sobre a possibilidade de uma segunda volta - caso nenhum candidato obtenha 50% dos votos expressos - a diplomata disse sempre ter acreditado nesse cenário e trabalhado por ele.

“E sim, claro que acho que sou eu que posso disputá-la com o professor Marcelo Rebelo de Sousa”, disse.

Questionada se a falta de apoio do PS - que não deu indicação de voto nestas presidenciais - poderá retirar-lhe essa segunda volta, voltou a reiterar o seu otimismo.

“Eu estou inteiramente confiante de que poso ir à segunda volta e posso ganhar. Sinto-me muito bem acompanhada por muitos socialistas, muita gente do PAN, muita gente do Livre e até por independentes”, disse.