Um coelho que fala, um gato simpático, um chapeleiro maluco, uma rainha de copas despeitada e um sem número de personagens carismáticas estão todas lá, bem como o enredo de Lewis Carroll. Com a carismática Alice a unir tudo. Diferente será o enquadramento, algumas das mensagens de fundo tudo preparadas pela Plateia d’Emoções.

Nesta versão da do clássico, a companhia fala sobretudo os novos desafios desta sociedade cada vez mais cheia de (des)informação.

“Será possível conciliar a tecnologia dos telemóveis, tablets e outros objetos digitais com os livros? Haverá lugar para a imaginação nesta sociedade “digital”? Até que ponto é importante o nosso aspeto? Em que investimos o nosso tempo? Poderemos crescer sem renunciar à imaginação e aos sonhos?”, pergunta-se na sinopse da obra, com direção artística de Fernando Tavares, alma pater da Plateia d’Emoções, segundo uma ideia original de Jose Tomàs Chàfer, com texto e letras de Josep Mollà. A música original que dá expressão à peça (de 70 minutos) tem a assinatura de Paco Ivañez.

A criação, de que o coletivo artístico de Vila Nova de Gaia tem o exclusivo para o território nacional, conquistou em Espanha já mais de uma dezena de galardões, entre os quais o de “Melhor Musical Familiar”, nos Prémios de Teatro Musical, e de “Melhor Musical”, nos Broadwayworld Spain Awards.

“Alice no Musical das Maravilhas”
“Alice no Musical das Maravilhas” “Alice no Musical das Maravilhas” créditos: DR

“A Avó da Alice vai entrar no mundo das crianças com a força de um furacão. Com imaginação e astúcia, vai fazer com que os netos e amigos da Alice deixem os telemóveis e os tablets para ouvir um conto fantástico que leu quando era pequena, de modo a incutir nas crianças o gosto pela leitura”, explica-se na síntese do enredo.

“Trata-se de uma mensagem muito atual, em que todas as famílias contemporâneas se reverão: tenta-se puxar pelos valores do amor pela literatura e do poder da imaginação face à influência, quantas vezes excessiva, da multiplicidade de ecrãs nas nossas vidas”, complementa o diretor artístico da Plateia d’Emoções.

A proposta é, assim, uma viagem cheia de aventuras, cor e música.

“Conseguirá o Sr. Coelho que a sua convidada Alice aprenda o verdadeiro sentido da frase ‘Temos de aproveitar o tempo’? Conseguirá o Sr. Lagarta, especialista em transformações, mudar a cor do cabelo de Alice e, sobretudo, convencê-la para que a mudança seja interior e ela se aceite como verdadeiramente é? E teremos também o Chapeleiro maluco, obrigado a estar sempre feliz pela Rainha de Copas, que nos vai ensinar que, por vezes, mostramos um ar de felicidade, mesmo quando no nosso interior tenhamos momentos de tristeza”, refere a sinopse.

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A viagem desta peça começa a partir de 27 de outubro no Coliseu do Porto e segue depois para a Mealhada (28 a 30 de novembro), Amarante (de 4 a 6 de dezembro), Póvoa de Varzim (de 10 a 14 de dezembro) e Porto novamente (de 16 a 22 de dezembro).

O musical é aconselhado para crianças maiores de três anos.

Recorde-se que a Plateia d'Emoções é uma companhia artística sediada em Vila Nova de Gaia que se estreou em 2015 nas produções de teatro musical com a peça “Cinderela – A Magia do Musical”. O projeto teve continuidade com grandes êxitos, como “Pinóquio - Um Musical Para Sonhar”, “Capuchinho Vermelho”, “Os Três Porquinhos”, “O Feiticeiro de Oz – Um Musical de Encantar” , “Via Crucis” e “Anne Frank – O Musical”. Para além da produção de espetáculos culturais destinados a um público generalizado, a ação da companhia passa, ainda, pela apresentação de musicais com conteúdos pedagógicos, destinados a crianças, escolas e famílias, em atuações que se desdobram por diversas salas de espetáculo nacionais.

Pode recordar neste artigo do SAPO24 a história desta companhia com quase 10 anos de existência.

Os bilhetes para o Coliseu do Porto já estão à venda e podem ser adquiridos aqui. Custam entre os 12 e os 16 euros nas diferentes modalidades.