A venerável Irmã Lúcia

Gonçalo Lopes
Gonçalo Lopes

A Irmã Lúcia, um dos três pastorinhos de Fátima, é Venerável. Na manhã desta quinta-feira, o Papa Francisco autorizou a promulgação do Decreto que reconhece as virtudes da religiosa.

"Durante a audiência concedida a Sua Eminência o Cardeal Marcello Semeraro, Prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, o Sumo Pontífice autorizou o mesmo Dicastério a promulgar os Decretos" relativos a vários nomes em vias de serem beatificados.

Um deles é o da Irmã Lúcia, uma das pastorinhas de Fátima. Com isto, o Papa reconhece "as virtudes heróicas da Serva de Deus Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado (nascida: Lúcia dos Santos), monja professa da Ordem das Carmelitas Descalças".

Mais perto da beatificação?

Sim. Esta promulgação é mais uma fase do processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, penúltima etapa para a declaração da santidade; para a beatificação, é agora necessária a aprovação de um milagre atribuído à intercessão da religiosa carmelita.

Em outubro de 2022, o processo de beatificação e canonização da religiosa tinha conhecido um novo desenvolvimento, com a entrega, no Vaticano, do documento sobre as virtudes heróicas.

O processo de beatificação e canonização de Lúcia, refira-se, teve início em 2008, três anos após a sua morte. Na altura, o Papa Bento XVI dispensou o período de espera de cinco anos determinado pelo Direito Canónico.

Qual a sua história?

Nascida em Aljustrel em 28 de março de 1907, a Irmã Lúcia teve uma série de aparições da Virgem Maria em 1917 na Cova da Iria, em Fátima, Portugal, junto com seus dois primos Francisco e Jacinta Marto.

Após a morte prematura de seus primos, a Irmã Lúcia permaneceu como a única guardiã da mensagem que lhe foi confiada por Nossa Senhora, que ela transcreveu, a pedido do bispo de Leiria, José Alves Correia da Silvia, em quatro documentos entre 1935 e 1941. Outro escrito, datado de 1944, continha a terceira parte do segredo de Fátima, o chamado "terceiro segredo", e foi enviado a Roma, aberto pela primeira vez em 1960 e não revelado por São João XXIII e São Paulo VI. Foi São João Paulo II - particularmente devoto de Nossa Senhora de Fátima - que tornou o segredo conhecido no ano 2000.

A Irmã Lúcia faleceu a 13 de fevereiro de 2005, aos 97 anos de idade, depois várias décadas vividas em clausura no Carmelo de Coimbra.

*Com agências

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