O percurso vai começar na estação de comboios de Lagos e terá quatro etapas, três integralmente novas, prevendo-se que esteja a funcionar em pleno em março, no arranque da temporada de caminhadas de 2019, disse à Lusa Marta Cabral, presidente da direção da Associação Rota Vicentina.

"Queremos trazer uma abordagem cada vez mais sustentável também ao universo da cidade de Lagos, que tem um tipo de turismo diferente do da Costa Vicentina, estimulando a procura por formas complementares de turismo", assinalou.

O objetivo é, até ao final deste ano, "balizar e ordenar" o percurso, para que a passagem se faça por um único trilho, evitando o pisoteio livre, de forma a garantir a preservação da zona.

A Rota Vicentina - que se estende pelo território da costa alentejana e vicentina - existe desde 2012 e estende-se por 450 quilómetros, a que se vão somar agora aproximadamente 50 quilómetros, considerando a distância entre o Cabo de São Vicente e Lagos.

Contudo, não está nos planos da associação expandir mais o traçado, criado em torno da unidade geográfica, podendo apenas vir a existir percursos circulares junto a Lagos.

"Já não será prolongada para além de Lagos, este é o nosso universo geográfico. A Rota Vicentina não é uma rede de percursos, é um conceito de desenvolvimento local e o que nos move é a unidade geográfica", sublinhou Marta Cabral.

De acordo com aquela responsável, o novo percurso tem potencial para atrair turistas durante a época média, já que as temporadas de caminhadas decorrem habitualmente entre março e junho e, depois, entre setembro e novembro.

Até ao dia 11 de julho vai ser possível, através do sítio de internet da Rota Vicentina, dar sugestões ou contributos para a definição definitiva do trilho.

Em 2017 foram contabilizados no conjunto dos 450 quilómetros da Rota Vicentina 23 mil caminhantes, sendo que o trilho mais utilizado foi o que liga Porto Covo a Odeceixe.

A Rota Vicentina tem vindo a desenvolver ações que englobam experiências culturais e visitas com as comunidades locais por onde passam os percursos, a utilização dos trilhos por turistas com mobilidade reduzida e uma rede de trilhos de BTT.