De acordo com o Jornal de Notícias, o ataque à queima-roupa, que no dia de ontem provocou a morte de três pessoas no Bairro do Vale, na Penha de França, em Lisboa, terá acontecido por o barbeiro se ter recusado a cortar de imediato o cabelo ao homicida, por querer ir almoçar.

Descrito como "esquizofrénico revoltado" pelos vizinhos, o homem, de 33 anos, disparou a matar e fugiu de carro com dois familiares. O atacante, que vive no bairro onde cometeu os crimes, está, até ao momento, a monte.

Segundo o JN apurou, o homem tem cadastro por crimes menores, sofre mesmo de esquizofrenia e está a ser acompanhado no hospital psiquiátrico Júlio de Matos.

As vítimas do crime são o barbeiro e proprietário da “Granda Pente”, Carlos Pina, de 43 anos, e um casal, com cerca de 30 anos, que se encontrava à porta do espaço, Bruno Neto e Fernanda Júlia, não se conhecendo qualquer relação entre todos.

O primeiro a ser morto foi o barbeiro, executado dentro do estabelecimento. Ao sair da barbearia, o homem baleou mortalmente o casal, que estava no passeio. Depois, entrou num jipe verde Land Rover, fugindo com dois familiares, que não terão participado no triplo homicídio.

Pelo menos duas das vítimas foram atingidas na cabeça e todas morreram no local.

Após o ataque, a PSP criou um perímetro de segurança à volta da barbearia, juntando-se ali dezenas de amigos e vizinhos sem conseguirem conter a consternação.

As diligências da Polícia Judiciária (PJ), que assumiu a investigação, dada a natureza do crime, centraram-se dentro da barbearia.

Ainda durante a tarde, a PJ deslocou-se, apoiada por um forte contigente da PSP, a casa da família do suspeito. Contudo, o homem não estava na habitação.