Alexandre Gabychev, de 55 anos, iniciou uma marcha a partir da Sibéria em março de 2019 e planeava chegar a Moscovo em 2021, onde queria organizar uma "cerimónia para eliminar Vladimir Putin", que descreveu como um "demónio".

Gabychev foi preso após caminhar centenas de quilómetros em direção à capital russa. Em várias cidades, a sua chegada foi recebida com manifestações de apoio.

Num primeiro momento, o xamã foi declarado "irresponsável por seus atos devido a transtornos mentais", e depois internado à força.

Gabychev apelou desta decisão, mas um tribunal da Sibéria rejeitou suavizar as condições do internamento forçado, anunciou o seu advogado, Alexei Prianichnikov, no Telegram nesta segunda-feira.

"Apelaremos ao supremo tribunal. Enquanto isso, uma comissão de psiquiatras irá avaliá-lo novamente no início de outubro", disse.

As ONGs de defesa dos Direitos Humanos acusam as autoridades russas de utilizar internamentos compulsivos em hospitais psiquiátricos para punir as vozes críticas ao governo, uma prática que remonta à era soviética.