O presidente da Aprejor, Seródio Towo, disse hoje à Lusa que a SERNAP está mais preocupada com a proteção da imagem institucional do que com a responsabilização disciplinar dos guardas que terão feito uma revista inapropriada a reclusas no Estabelecimento Penitenciário Preventivo de Maputo, no início de abril.

"É com repúdio, mas sem surpresa que vemos o SERNAP mais preocupado com a defesa da sua imagem institucional do que em responsabilizar os autores dos abusos", afirmou Seródio Towo.

Seródio Towo considerou importante a investigação iniciada pela Procuradoria-Geral da República, Ordem dos Advogados e Comissão Nacional dos Direitos Humanos, mas insistiu ser importante uma ação disciplinar por parte do SERNAP.

"É fundamental que entidades relevantes clarifiquem o que se passou e responsabilizem os autores dos abusos, mas é também fundamental que internamente, ao nível do SERNAP, haja consequências", realçou Seródio Towo.

A violência sexual terá ocorrido no início de abril, durante uma revista feita por guardas nas celas das reclusas.

Os guardas alegaram estar a procurar telemóveis escondidos nas celas para obrigarem "algumas reclusas a tirar as roupas" e para justificaram a violência sexual usada durante a ação, descreveu na altura a Aprejor.