Num comunicado enviado na terça-feira ao mercado de capitais luxemburguês, o Novo Banco adianta que “a taxa será determinada na altura da definição do preço” da colocação das obrigações, mas “deverá ser igual ou superior” à taxa mínima definida de 8,5%.

A operação deverá estar terminada pelas 17:00 de quinta-feira, sendo os resultados preliminares divulgados pelas 07:30 do dia seguinte, sexta-feira.

O Novo Banco anunciou na sexta-feira o início de um ‘roadshow’ para a emissão de até 400 milhões de euros em dívida subordinada e para uma oferta de aquisição e de troca de obrigações sénior do grupo, adiantando ter já “agendadas reuniões com investidores institucionais em Lisboa e Londres”.

Segundo o comunicado então emitido pelo banco liderado por António Ramalho, a operação tem como “prioridade” a troca de obrigações sénior, com um valor mínimo indicativo de 250 milhões de euros, o adicional em 'cash' para detentores de obrigações cuja procura exceda a oferta e a “colocação em mercado das restantes obrigações com um montante mínimo de 100 milhões de euros”.

“A troca das obrigações sénior por instrumentos de dívida subordinada e a aquisição dessas obrigações permitirá ao Novo Banco melhorar a sua estrutura de capitais otimizando os seus rácios de total capital e ajustar a sua estrutura de financiamento com redução de encargos com juros”, assegura a instituição.

O Novo Banco assegura que “não pretende efetuar mais recompras de obrigações sénior através de operações 'open market', ofertas de aquisição ou ofertas de troca das obrigações sénior nos próximos 24 meses”, pelo que “a oferta confere aos detentores das obrigações que sejam elegíveis uma alternativa de liquidez antes da data de maturidade das obrigações abrangidas pela oferta e/ou oportunidade de reinvestimento em novos instrumentos de dívida subordinada a ser emitida pelo banco”.

Esta emissão de dívida serve para reforçar o capital do Novo Banco e foi acordada aquando da sua venda ao fundo de investimento Lone Star, em outubro de 2017.

Segundo o acordo com a Comissão Europeia, caso não consiga ser colocada junto de investidores privados, o Fundo de Resolução (entidade que consolida nas contas públicas) terá de ficar com os títulos que o mercado não subscrever.

Já na quinta-feira a Caixa Geral de Depósitos (CGD) emitiu 500 milhões de euros em dívida ‘tier2’ a uma taxa de 5,75%, a última etapa do reforço do capital do banco público, acordado entre o Estado português e a Comissão Europeia em 2017 e que ascende a cerca de 5.000 milhões de euros.