“Queremos assegurar que Moçambique entra no processo de reconstrução o mais rápido possível”, disse David Beasley, em Maputo.

David Beasley falava na capital moçambicana após uma reunião com o Presidente da República, Filipe Nyusi.

“Estamos com as equipas no terreno, a trabalhar com várias agências internacionais e 100 dos melhores especialistas em emergência”, referiu.

“À medida que entramos nas áreas inacessíveis, o número de pessoas que recebe ajuda vai crescer. Ainda é difícil saber quantos precisam de ajuda”, disse.

A ONU lançou na segunda-feira um apelo de ajuda de emergência de 282 milhões de dólares (250 milhões de euros) para apoiar Moçambique a recuperar durante os próximos três meses da devastação provocada pela passagem do ciclone Idai, que inclui esta previsão de necessidades feita do PAM.

David Beasley defendeu que o evento deve ser uma oportunidade para os moçambicanos construírem casas mais resilientes aos ventos fortes, acrescentando que grande parte das habitações desabou e as que resistiram ficaram sem teto.

O PAM classifica o ciclone Idai como um dos piores da última década e dos piores nos últimos 200 anos no hemisfério sul.

Dados das Nações Unidas indicam que o ciclone Idai afetou 1,85 milhões de pessoas em Moçambique, estimando-se que mais de 480 mil tenham sido desalojadas pelas cheias que submergiram e destruíram uma área de mais de 3.000 quilómetros quadrados.

O mais recente balanço das autoridades moçambicanas aponta para 468 mortos.