Reunido esta noite, por videoconferência, o conselho geral do instituto considerou que a atual situação de pandemia provocada pelo novo coronavírus, que determinou a restrição de circulação de pessoas na instituição, “inviabiliza, manifestamente, o cumprimento dos requisitos de apresentação da declaração de candidatura”, lê-se na deliberação aprovada por unanimidade.

O Regulamento da Eleição do Presidente do IPS estabelece como requisitos de apresentação da declaração de candidatura que a mesma seja subscrita por, “pelo menos, 16 docentes (dos quais pelo menos 50% terão de ser professores de carreira), 16 estudantes e oito não docentes”.

O regulamento determina ainda que entre os subscritores conste, "pelo menos, um [elemento] de cada uma das escolas do instituto ou das suas unidades regularmente instaladas”, condição que o presidente do conselho geral, Francisco Madelino, entendeu não poder ser cumprida dado as aulas no instituto estarem suspensas desde o passado dia 12.

O calendário eleitoral previa que, após o término da apresentação de candidaturas, na segunda-feira, a admissibilidade das listas candidatas fosse aferida durante o mês de abril e a votação fosse realizada no dia 18 de maio.

Mas “perante este constrangimento e, em simultâneo, a necessidade de assegurar a legalidade do procedimento eleitoral em curso”, o conselho geral deliberou hoje a suspensão do processo “por tempo indeterminado”.

O IPS está sem presidente desde a demissão de José Mira Potes, em 27 de fevereiro, sendo a direção assegurada pelo anterior vice-presidente, João Moutão.

Na base da demissão esteve a contestação ao plano de reestruturação financeira da instituição, apresentado ao Governo por José Mira Potes e que previa uma redução de despesa de cerca de um milhão de euros.

O Politécnico de Santarém engloba as escolas superiores Agrária, Saúde, Educação, e Gestão e Tecnologia (em Santarém) e de Desporto (em Rio Maior).

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, infetou mais de 265 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 11.100 morreram.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 1.020, mais 235 do que na quinta-feira. O número de mortos no país subiu para seis.