“Protestar só por protestar, votar em qualquer coisa só porque berra mais alto não é solução”, afirmou João Cotrim de Figueiredo num arraial liberal, em Lisboa, no penúltimo dia de campanha para as eleições europeias de domingo.

Acompanhado do presidente do partido, Rui Rocha, o candidato a eurodeputado dirigiu-se diretamente aos eleitores do Chega, nomeadamente “àqueles que, provavelmente, estão a engrossar as fileiras dos indecisos”.

Dizendo que entende as razões para as pessoas protestarem e estarem zangadas com o sistema, com a impunidade dos corruptos e com os exageros, Cotrim de Figueiredo explicou que a solução para resolver essas questões “não está no Chega”.

“Sabem o que é que é solução? É tomar estes dois dias que faltam até às eleições para pensarem bem e votarem na IL, é isso que resolve”, insistiu.

Numa altura em que se ouviu “liberal, liberal, liberal” perante as críticas ao partido liderado por André Ventura, que foram uma constante nos últimos dias de campanha, o candidato liberal escusou-se a “perder muito tempo” com os restantes partidos da oposição.

“Não vou perder muito tempo, não vale a pena dizer muito porque a IL, de facto, já está noutro campeonato”, considerou.

Cotrim de Figueiredo referiu que as pessoas “estão fartas daqueles que não fazem nada e nem deixam fazer nada” e apelando, mais uma vez ao voto no domingo, mencionou que na IL “dizem sim ao futuro”.

E votar nestas eleições europeias “nunca foi tão fácil” porque não é preciso estar na sua área de residência, afirmou Cotrim de Figueiredo, mensagem na qual também insistiu o presidente do partido.

“Vamos votar, vamos convencer outros a votar e vamos ajudar outros a votar. Que não falhemos nenhuma das metas que agora são possíveis por faltar apenas um voto”, atirou.

A meta possível é a eleição de um segundo eurodeputado, reafirmou, depois de a ter assumido na quarta-feira à noite num comício em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.

As últimas europeias, em 2019, foram o primeiro ato eleitoral a que a IL se apresentou (depois da fundação em 2017), tendo conseguido menos de 30.000 votos (0,88% do total).

Em Portugal, as eleições europeias realizam-se no domingo e serão disputadas por 17 partidos e coligações: AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP. Serão eleitos 21 deputados.